Video:Acampar no Monte Sinai
Traduzido de: Kabbalah Today issue #3
“… entraram no deserto de Sinai, onde acamparam; Israel, pois, ali acampou em frente ao monte." (Êxodo 19:2). RASHI (o grande comentador do século XI) explica, “Como um homem e um coração.”
Tal como referimos no artigo apresentado, "Amor, Amor, Amor," o Criador é amor. É por isso que ele consegue suster e providenciar o todo da criação, mantendo as suas peças em harmonia e fornecer vida aos corpos e almas.
Quando os Cabalistas falam acerca do Monte Sinai, estes falam sobre os meios de alcançar o Criador, a qualidade de amor. Numa carta a um estudante, o Cabalista Rabi Yehuda Ashlag (Baal HaSulam) explica que de acordo com o Talmud (Shabbat, p. 89a), a palavra Sinai significa Sina’a (ódio). Para alcançar a força do amor (o Criador) uma pessoa tem de transcender o seu ódio natural para com os outros e tornar-se despegada do seu ego.
A Torá (Pentateuco) diz-nos que Moisés subiu acima do Monte (o seu ego) e descobriu o Criador. Subsequentemente, desceu e disse às crianças de Israel sobre a sua revelação. Ele disse que se unissem como um homem e um coração, com um desejo comum de estar num estado de amor mútuo um para com o outro, elas iriam também unir-se com o Criador. Assim que o fizessem, o Criador estaria com eles, revelado, e estas receberiam a vida eterna e completa em união com o Criador.
Assim é Acima, Como em Baixo
“Pois eu, o Senhor, não mudo;” (Malaquias 3:6).
A lei espiritual da Natureza não muda, tal como as leis físicas não mudam. Criar laços em amor mutuo é ainda um requisito para revelar o Criador, tal como foi no pé do Monte Sinai.
No seu artigo, “A Arvut” (A União), Baal HaSulam descreve o lado prático deste amor mútuo. O artigo é dedicado não tanto a Moisés, mas ao que as pessoas têm de fazer para que sejam dignas de receber a Torá (lei) de Moisés. Ele explica que o amor e laços que as pessoas de Israel criaram - pelos quais receberam a Torá - tinha um lado muito prático: estas tornarem-se responsáveis uma pela outra.
Elas não tinham forma de assegurar o bem estar físico de umas e outras pois naquele tempo, o povo de Israel era escravo, sem um futuro certo. Mas a única coisa que poderiam prometer uns aos outros era o seu amor, e isso era suficiente para que recebessem a Torá e descobrir o Criador.
Também hoje, o amor é uma necessidade eminente. Enquanto há suficiente comida para providenciar o planeta inteiro, há pessoas que morrem à fome. E onde não há nenhuma debilidade física a doença que mais rapidamente se espalha é a depressão. Os nossos tempos são os tempos que o profeta Amos previu: “Eis que vêm os dias, diz o Senhor Deus, em que enviarei fome sobre a terra; não fome de pão, nem sede de água, mas de ouvir as palavras do Senhor. Andarão errantes de mar a mar, e do norte até o oriente; correrão por toda parte, buscando a palavra do Senhor, e não a acharão.” (8:11-12).
Estamos perante tais dias e as palavras do Senhor são o amor que já existe no todo da natureza, no Criador. Como Ele, as nossas vidas serão perfeitas e eternas. Este é o estado ao qual Ele quer trazer as Suas criaturas, o propósito pelo qual Ele nos criou.
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Evolution of Desires
Article:
The Arvut (The Bond) - by Rabbi Yehuda Ashlag (Baal HaSulam)
Lecture: The Arvut (The Bond) - Article of Baal HaSulam with commentary by Rav Michael Laitman, PhD (17 November, 2005)
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