Uma pergunta que recebi: Porque é que apesar da minha habilidade de sentir os desejos dos outros, continuo a pensar maioritariamente em mim? Como resolvo eu este conflito?
A Minha Resposta: Você pensa apenas nos outros porque você os quer usar para seu beneficio próprio. Então, é óbvio que você os sente e até gostasse de fortalecer esta habilidade.
Se eu quero enganar alguém, eu tenho de ter um bom sentido dessa pessoa e compreende-la bem. De forma a iludir alguém eu tenho de me tornar um bom psicólogo e penetrar nas sua mente e coração. Então saberei como as manipular para o meu beneficio.
A habilidade de sentir os outros não indica necessariamente alguma coisa. O que importa é que desejos são mais significativos para si – os seus ou os deles?
Está escrito: “Não faça aos outros o que não quer que os outros façam a si,” que significa que você não deve usar o seu vizinho pelo propósito de fazer avançar os seus próprios interesses. Mas mais tarde foi escrito: “Ama teu vizinho como a ti mesmo.” Significa a frase “como a ti mesmo” que metade do lucro deve vir a mim e metade a ele? Não! Significa que você deve apenas amar o seu vizinho da forma que você anteriormente se amava apenas a si mesmo.
Daqui em diante, você tem de começar a se tratar a si mesmo da mesma maneira que você tratou anteriormente o seu vizinho quando o usou. Você tem de começar a pensar como você se pode usar a si mesmo de forma a ser de uso a ele.
Você troca os lugares: Ele toma o seu lugar e você toma o dele. O seu vizinho torna-se mais importante para si que você mesmo. É isso o que chamamos "dar.”
Há apenas um exemplo desta interacção entre as pessoas no nosso mundo: uma mãe e seu filho. Quando fazemos a transição a sentir os outros, adquirimos a habilidade de sentir a nossa própria alma. Esta é na verdade a única forma de a sentir, dado que a nossa alma consiste de desejos que estão fora de nós. Sentindo esses desejos externos, você pode começar a sentir o Criador dentro deles.
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