O mundo espiritual é construído como uma estrutura análoga ou analógica, não uma circunspecta ou digital. Imaginamos-o como circunspecto pois o nosso cérebro é incapaz de compreender uma estrutura análoga. Nunca iremos ser capazes de compreender, com as nossas mentes, como um sistema análogo funciona.
Mesmo quando estudamos o corpo humano, um sistema no qual tudo está interligado, ainda percepcionamos o organismo como um sistema circunspecto em que toda a parte trabalha por si mesma, seja o coração, os rins ou outros órgãos. Se interpretar-mos o corpo como um sistema circunspecto, fazemos medidas que só podem ser criadas quando algo está separado do todo. Apenas a medicina oriental exercita uma abordagem parcial puramente superficial à compreensão do nosso corpo como um todo análogo.
Há uma contradição entre a propriedade ilimitada da Luz de "dar" e a limitada "tela" que está a ser corrigida pelos nossos desejos para condizer com as propriedades da Luz. Há oposição entre o mundo circular do dar infinito e o quadrado mundo da criação (o nosso mundo físico).
Avaliamos as propriedades da Luz através do Kli, tal como avaliamos o integro entre a ligação e a soma de todas as suas partes circunspectas. Na espiritualidade, cada novo estado constitui um novo mundo e subsequentemente uma nova correlação entre os seus elementos.
No sistema das almas, todos estão ligados e qualquer mudança que eu faça também muda o estado de todo o sistema e vice-versa. É impossível sentir esta realidade espiritual com o nosso intelecto circunspecto; somos automaticamente limitados pela nossa incapacidade de medir além das partes circunspectas.
Os que começam a sentir o mundo superior recebem um novo conjunto de ferramentas (instrumentos) para viver neste novo sistema. Estes começam a compreender e a sentir o dar de todos como parte de um todo singular e são capazes de sobrepor o circulo sobre o quadrado – os sistemas análogos e circunspectos. Apenas tendo ambas as forças – recepção e o dar, podemos nós juntar estes dois sistemas unindo-os.
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