Na espiritualidade, as decisões são tomadas como se o momento presente fosse o único momento que existe. Quando tomo uma decisão no meu caminho espiritual para resolver uma situação com que me deparo, tenho que tomá-la como se fosse o último momento da minha vida. Isto sucede porque a resolução dos problemas de forma rápida e correcta conduz à próxima etapa do meu caminho espiritual.
Na esfera material, estamos ligados a este mundo e o nosso egoísmo arrasta eventos e situações, criando assim a noção do tempo. Na espiritualidade, porém, cada momento existe por si só e é único.
É por isso que a tela de um Partzuf, em resultado da colisão das Luzes Interior e Exterior, enfraquece a Luz e decide rejeitá-la. Quando a tela rejeita a Luz, a Partzuf não sabe o que lhe vai acontecer nem que nova condição se aproxima. A única coisa que o Partzuf sabe é que não pode ficar nessa situação por mais do que um momento, porque ele perdeu o seu vínculo com o Criador. O Partzuf não pode permanecer nesta nova situação e deixa de pensar no que vai acontecer no momento seguinte. Isto torna genuíno o seu estado e as suas decisões no mundo espiritual.
De vez em quando vemos um vídeo do 11 de Setembro e recordamo-nos de como as pessoas se atiraram do centésimo andar de um arranha-céus em chamas. Como consegue uma pessoa fazê-lo se sabe que será inevitavelmente a sua morte? No momento em que salta, ela está apenas a pensar em escapar do fogo. O momento seguinte, em que estará no ar, será melhor do que ser queimado pelo fogo, por isso ela salta! O que lhe acontecerá no momento posterior não lhe é importante.
O mesmo se aplica a um Partzuf que se apercebe que perdeu a sua ligação com o Criador. Não pode haver nada pior do que isso! Consegue estar sem luz, mas não consegue viver sem uma ligação com o Criador! E, assim, ele rejeita a luz.
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