O Último Super-Homem
Traduzido: Kabbalah Today Issue #21
O mundo está desesperadamente à procura de heróis, pessoas que nos irão tirar das crises que nos estão a socar. Pode o Presidente Obama elevar-se à ocasião e derrotar os vilões da ganância e egoísmo?
Recentemente, rumores disseram que Barack Obama estava tentado a entrar na licitação de uma edição rara do primeiro livro de banda desenhada de sempre do Super-homem. Os rumores começaram a assentar quando foi anunciado que o Presidente americano não iria participar no leilão (e além do mais, ele é um fã do Homem-Aranha, não do Super-Homem). E finalmente, todo o cochicho parou quando a banda desenhada foi vendida a outra pessoa por 325.000 dólares (praticamente o salário anual do Sr. Obama).
Ainda assim o facto dos rumores terem começado é muito mais que uma coincidência. O Super-Homem é um claro símbolo do Sonho Americano; ele é um derradeiro cowboy, o anjo redentor de uma nova era. Apesar das décadas que passaram desde que ele foi visto a voar sobre Metropolis, e a firme corrente de heróis que inundaram o mundo desde então, não há dúvida que o cavaleiro azul na capa vermelha é ainda o numero um.
Não admira que as pessoas estejam a associar Obama ao Super-Homem, como se pedindo aos dois para juntarem forças e derrotar a crise em escalada. O vasto discurso inaugural de Obama antes do Congresso foi um testemunho perfeito a isto. Foi um discurso clássico de Super-Homem.
O Super-Homem como todos sabemos, sempre "surge mais forte que antes" depois de uma crise. Ele aparece sempre em cima e ganha a vantagem mesmo quando tudo parece perdido. Ele salva o mundo da completa catástrofe no derradeiro momento, e recebe uma grande salva de palmas no processo.
Poderá o Super-Homem Prevalecer?
O único problema é que Obama está a tentar ser um Super-Homem numa era pós-Super-Homem, uma era em que não há lugar para super-heróis mitológicos, envoltos numa aura de solidão heróica. Obama, tal como o resto dos lideres mundiais, tem de compreender que nenhum dos velhos métodos o irá ajudar a resolver a crise porque a realidade mudou. Não é somente que as regras do jogo tenham mudado; estamos a jogar um jogo completamente novo.
Até recentemente, vivemos num mundo individualista, em que o planeta era governado por oportunistas financeiros e gigantes do ego brilhantes e astutos. Agora, porém, a situação mudou completamente. É como se um pescador gigantesco invisível tivesse apanhado a humanidade dentro de uma rede global e a tivesse deixado pendurada, perdida e perplexa. Os tubarões gordos de Wall Street subitamente encontraram-se a si mesmos atirados para o mesmo barco que os mais pequenos da "pequena frigideira" em Istambul, ofegando todos de falta de ar em uníssono.
Nesta nova era, o colapso do sistema financeiro está claramente a mostrar-nos que uma atitude de usar os outros, ou até simplesmente cuidar apenas de si mesmo, é uma espada vingativa de dois gumes. A nossa ambição, também conhecida como o ego, deixou de ser o amigo leal que nos ajudar a chegar à frente e tornou-se um perigoso inimigo. E agora, a grande pergunta é: quem irá salvar o mundo de si mesmo?
Novos Heróis Para Uma Nova Era
Não há dúvida que estamos em extrema necessidade de novos heróis. Para os encontrar, devemos reorganizar todo o nosso sistema de valores e mudar a formula da prosperidade da que diz: "sucesso vem de usar os outros," para o oposto, "sucesso vem da preocupação mutua." Ou, nas palavras do primeiro ministro Britânico Gordon Brown para os activistas do trabalho em Bristol, "A nossa tarefa deve ser nada menos que reconstruir um sistema financeiro onde ele falhou e então criar uma economia onde os bancos não se servem mais a eles próprios mas ao serviço do público."
O nosso novo mundo, interligado, interrelacionado exige novos super-heróis, que irão compreender que o verdadeiro inimigo é encontrado no interior. Um verdadeiro herói será alguém que saiba como conquistar a sua própria inclinação do mal, a sua própria ganância e forma de pensar egocêntrica. Os lideres de amanhã irão ser pessoas ou nações que saibam que têm de encorajar o apoio mutuo e fortalecer as ligações entre as pessoas, e que são capazes de ver os outros como heróis, também.
Os novos super-heróis irão comunicar as leis de integração e unificação necessárias para a nossa existência, às novas gerações. Eles irão ensinar as pessoas a se verem a elas mesmas e às outras como órgãos num corpo, existindo dentro da sua natureza, como um Super-Homem universal. E tal como num corpo, cuidado mutuo pelo beneficio do todo gera harmonia e vida, ao passo que cuidar apenas do eu resulta em cancro. O novo Super-Homem irá ajudar-nos a todos a compreender que isto também se aplica ao nosso corpo singular e unificado da humanidade, e assim que compreendamos isto, iremos reganhar a vida nos sistemas que estão agora com falta de ar.
Poderá Obama ser esse Super-Homem? Apenas o tempo dirá. Ele está lançado num inicio prometedor. Ele mostra um grande desejo de mudar o mundo para o melhor, e tem uma personalidade que engloba uma mistura única de países e pessoas. A única questão e se ele será sábio o suficiente para dar o exemplo certo para os restantes lideres mundiais seguirem. Caso contrário, ele pode encontrar-se a si mesmo gravado nas páginas da história como o último Super-Homem egoísta.
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