Uma proibição sobre receber prazer não significa que você não possa desfrutar em prol de doar. Por exemplo, um convidado diz ao anfitrião: “Eu não irei comer nada que tu me dás.” “Porquê?” imagina o anfitrião, “Eu trabalhei tão arduamente e eu queria agradar-te verdadeiramente. Por favor, faz-me esse favor, come alguma coisa. Se não por ti, pelo menos fá-lo por mim.” Agora o convidado compreende que o prazer não será pelo seu próprio bem, mas em prol de doar ao anfitrião. Desta forma, em vez de vergonha ele sente respeito e compaixão.O convidado pensa, “O anfitrião ama-me mesmo de verdade e está perturbado a sério porque não estou a aceitar as delicias que ele preparou. Eu não o posso deixar sofrer desta maneira! Na realidade, eu adoraria provar os seus pratos, mas nunca o farei por meu próprio bem. De forma a lhe agradar, eu tenho de evocar o mesmo desejo pela comida, mas com uma nova intenção: de querer receber prazer, mas pelo bem do anfitrião.O apetite que estou agora a despertar não vem do meu desejo, mas em vez disso porque eu olhei para o coração do anfitrião e vi quanto ele me ama. Eu descobri o que posso fazer para o agradar – Eu tenho de desfrutar do que quer que recebo dele.O meu desejo de comer não é importante para mim; não é nada mais que um meio para nós os dois nos liguemos. Antes ele era a coisa mais importante determinando todas as minhas acções, e é por isso que eu estava envergonhado, mas agora ele ajuda-me a dar.”O Criador criou-nos desta maneira. Ele deu-nos o desejo de receber prazer e preenchimento, mas podemos usar tudo isto em prol de lhe dar prazer a Ele.
IN LAITMAN.COM