Quando o nosso desejo egoísta se sente mal, ele empurra-nos de trás como um chicote, empurrando-nos na busca da felicidade. Contudo, isso não é suficiente para avançar na direcção certa, porque não é o objectivo da criação de fugir do egoísmo. Isto é meramente uma forma de nos assistir dado que ele age como uma força para nos empurrar para a frente.
Para nos apontar-nos na direcção certa, é nos concedido um desejo de Cima – uma centelha ou ponto no coração que nos atrai para o desenvolvimento espiritual. Esta centelha trás-nos a um grupo Cabalistico e a um professor, para que possamos crescer e desenvolve-lo.
Usando estes componentes, devemos construir uma "arca" para nós mesmos, dentro da qual podemos escapar a todo o mal, tudo o que nos confunde e nos bloqueia o nosso crescimento espiritual. Ao mesmo tempo, temos de compreender que nada pode ser feito acerca dos distúrbios, sejam externos ou internos. Eles são revelados em nós e à nossa volta propositadamente, para que pudéssemos fortalecer a nossa resolução e reunir força contra eles, similar a como as águas turbulentas do diluvio destroem tudo o prejudicial e deixam para trás apenas o que é necessário.
Certamente, reunimo-nos aqui para construir uma arca dentro de nós, representando a qualidade do Criador de dar. Esta arca será o nosso abrigo.
O Zohar: Vai e entra na arca com toda a tua família, pois tudo o que não se abrigar na arca será eliminado da face da terra.
Temos de anexar tudo o que pudermos a Bina, eles serão destruídos pelas águas do diluvio. Noé é o único desejo dentro de nós que nos pode levar à espiritualidade, desde que o cortemos do resto dos nossos desejos que não se conseguem desenvolver espiritualmente. É por isso que nos queremos ligar à espiritualidade por meio deste desejo. Este é o único desejo que devemos querer cultivar.
Devemos cotar o resto dos desejos e afoga-los nas águas do diluvio, porque só podemos avançar com o desejo simbolizado por Noé. Com este desejo, podemos construir um novo mundo – o mundo depois do dilúvio.
Não sabemos como será este novo mundo. Nós desenvolvemo-nos dentro de Bina como dentro do ventre de uma mãe – e será o que for. Quando ressurgirmos, haverá um novo mundo!
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