Na espiritualidade, um sonho é uma certa forma de sentir a Luz. É um estado do desejo relativo à Luz quando eu não uso o desejo porque ele não tem tela. É por isso que um sonho é chamado "um sexagésimo da morte."
Obviamente não estamos a falar sobre um sonho vulgar, mas de um estado espiritual em que eu uso apenas a mais pequena parte de todos os enorme desejos que são revelados dentro de mim. Eu percepciono a realidade e o meu relacionamento com o Criador apenas nesta parte.
O "adormecer" significa começar um novo período, um novo grau, quando um velho estado acaba e eu começo a trabalhar com novos desejos, ainda por corrigir. Por esta razão eu percepciono-os como escuridão, noite, um estado horizontal reclinado no qual todas as partes do Partzuf (alma) espiritual – a sua cabeça, torso, e extremidades (Rosh, Toch, Sof) – estão no mesmo nível, e não há veste da Luz Interna de cima para baixo.
Toda a Luz está ausente, e há apenas uma fraca luminescência de sobra nos Kelim, que os anima. Isto é chamado um sonho (Kista de-Chauta). Quando eu não posso sentir ou compreender nada, quando eu experimento o sentimento de sonhar, isto é chamado "um sexagésimo da morte."
Deste estado ou ponto, eu devo despertar e elevar-me até à minha completa altura (GAR). E então, juntamente com os meus novos desejos, eu irei deitar-me novamente. E então os estados sucedem-se um ao outro, ciclo após ciclo.
Inicialmente eu rendo-me a mim mesmo à Força Superior, deixando que ela cuide de mim como um embrião dentro de um ventre. E quanto mais me cancelo a mim mesmo, mais ela me ajuda a crescer.
Então eu começo a cancelar-me a mim mesmo activamente, suprimindo o meu desejo de desfrutar com minha própria força. E então o meu Partzuf esvazia-se a si mesmo da Luz e eu caio num sonho, até que um novo dia venha, e com ele, um novo grau.
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