Tu Que Amas o Senhor Odeia o Mal
Eu escutei a 17 de Sivan, 2 de Junho, 1931
No verso, "Oh tu que amas o Senhor, odeia o mal; Ele preservou as almas dos Seus seguidores; Ele livrou-os da mão dos cruéis," ele interpreta que não é suficiente amar o Criador e querer que seja concedida adesão com o Criador. Deve também odiar o mal.
A questão de ódio para com o mal é expresso ao odiar o mal, chamado "a vontade de receber." E vê que não tem táctica para se livrar dela, e ao mesmo tempo não quer aceitar a situação. E sente as perdas que o mal lhe causa, e também vê a verdade que não consegue anular o mal por si mesmo, uma vez que é uma força natural pelo Criador, que imprimiu a vontade de receber no homem.
Nesse estado, o verso conta-nos o que pode fazer, isto é odiar o mal. E com isso o Criador irá salvaguarda-lo desse mal, como está escrito, "Ele preservou as almas dos Seus seguidores." E que é esta preservação? "Ele livrou-as da mão dos cruéis." Nesse estado já é uma pessoa bem sucedida, dado que ela já tem algum contacto com o Criador, seja esta a mais minúscula ligação.
Na verdade, a questão do mal permanece e serve como Achoraim (Dorso) ao Partzuf. Mas isto é feito apenas pela sua correcção: através de sincero ódio ao mal, é corrigido para a forma de Achoraim. O ódio vem porque se quer obter adesão com o Criador, então há uma conduta entre amigos: se duas pessoas chegam à realização que cada um destes odeia o quê e o qual seu amigo odeia, e ama o que e o qual seu amigo ama, então estes chegam a um laço perpétuo, como uma estaca que nunca cairá.
Então, dado que o Criador adora dar, os inferiores devem também se adaptar a querer apenas dar. E porque o Criador odeia ser um receptor, dado que Ele é um todo completo e não precisa de uma única coisa, o homem, também, deve odiar a questão da recepção para si mesmo.
Segue-se que deve amargamente odiar a vontade de receber, pois todas as ruínas do mundo vêm apenas da vontade de receber. E através do ódio, corrige-a e entra na Kedusha (santidade).
Tu Que Amas o Senhor Odeia o Mal (Shamati #23), Baal HaSulam