Com a quebra da alma una, meu desejo dividiu-se em duas partes: Galgalta ve Eynaim e AHP; e então eu começo a percepcionar uma das partes como o mundo exterior. Isto funciona muito como um mecanismo fotográfico no sentido que eu sinto esses desejos dentro de mim, mas parece-me a mim que eles estão fora de mim e eu vejo-os invertidos, como se num espelho.
O mundo inteiro está dentro de mim. O que eu vejo neste momento é a manifestação do próximo registo de informação, um Reshimo (reminiscência) que eu sinto em todas as cinco partes do meu desejo. Não há nada mais além disto.
Cada momento novos Reshimot despertam e causam novas impressões dentro de meus desejos, fazendo-me ver outro mundo. Nada mais ocorre a não ser este processo.
Minha vida e a minha realidade são na verdade Reshimot que está vestidos como eu e se manifestam a si mesmos através de mim. A Luz impacta tanto eu como e meus desejos; ela faz Reshimot correrem através de meus desejos como se deslizando ao longo de uma corrente, ou como uma bobina de filme rodando com o projector mostrando um filme.
Eu vejo-o e sinto-o como sendo minha vida, mas será que eu o vivo a sério? Se eu olhar para trás 20, 30, ou 40 anos, irei eu acreditar que fui eu quem viveu nessa altura? Olhando para trás, parece-me como se eu estivesse a ver um filme. Minha vida anterior é um filme que simplesmente “fluiu” através de mim. Muitas pessoas concordariam que há um sentimento que sua vida foi só um sonho.
Ela não era a minha vida; ela desapareceu como um sonho. Eu não agi por mim mesmo, e eu não fiz nada. Um raio de luz brilhou, um filme se reproduziu, e eu só o observei como um espectador e desempenhei meu papel nele como um actor. Tudo o que havia nele são Reshimot, a Luz, e meu desejo de ser agradado.
Cada Reshimo que corre através de mim divide meu desejo em duas partes – interna e externa. Desta forma, dentro deste filme, eu senti todos os tipos de coisas fora de mim, tais como árvores, o sol, a lua, e pessoas. Eu dei à luz crianças e trabalhei. Mas esta divisão da minha realidade em duas partes foi feita apenas para criar o sentido que há algo fora de mim; isso foi de forma a me permitir sentir que há outra força – o Criador. E ao o fazer, eu fui forçado a procurar por Ele. Ao conectar a realidade externa a mim mesmo, eu alcanço o Criador.
IN LAITMAN.COM