Feliz Ano Novo
Traduzido de: Kabbalah Today Issue #7
O ano vindouro pode bem ser o tempo em que o povo de Israel compreendem porque foram chamados “o povo escolhido.” Quando isso acontece, nós não mais teremos de temer guerra ou ameaças
Em recentes anos, a atitude popular para com a Cabala mudou dramaticamente. As pessoas não estão mais intimidadas com ela. Em vez disso, elas estão muito mais dispostas a colocar suas reservas sobre a Cabala para trás, à medida que descobrem que sua sabedoria não é nada como elas pensavam originalmente ser.
Cabala não é sobre encantamentos ou misticismo; ela contém, contudo, um código intrínseco que está apertadamente ligado ao futuro de todos. Usando-o, nós podemos mudar o nosso futuro e realizar-nos a nós mesmos como seres espirituais completos. Isto é que faz a Cabala valer a pena de examinar.
O princípio desta revolução data atrás a 1995. Nesse ano, algo aconteceu no mundo, alguma coisa mudou, e as ideias da Cabala começaram a apelar a muitos. Até pessoas que não a conheciam e não afirmavam a compreender, pessoas que estavam fisicamente afastadas de Israel, começaram a tomar um interesse na Cabala. Hoje, a Cabala tornou-se o centro da atenção para muitas pessoas e alcançou novos níveis de popularidade.
O grande Cabalista, Rabi Yehuda Leib HaLevi Ashlag (Baal HaSulam), autor do comentário Sulam sobre O Livro do Zohar, escreve que as luzes de cada feriado nos podem trazer muito mais perto ao propósito de nossas vidas. É por isso que esta introspecção em Elul, o último mês do ano Judaico, pode ser muito útil.
De acordo com a Cabala, o todo da humanidade está numa fase muito especial: ela está a aproximar-se de um estado de “introspecção global.” As pessoas estão a começar a perceber que milhares de anos de evolução não produziram alguma coisa de verdadeiro mérito; elas estão a ficar cansadas e desesperadas. Até a geração mais jovem está entediada e cansada antes que suas vidas tenham verdadeiramente começado. Buscando nova estimulação, elas decaem para o abuso de drogas e querem esquecer-se da vida.
Mas isto é precisamente o tipo de estado que pode criar chão fértil para pungente introspecção, começando com a pergunta, “Para que estou a viver a sério?” Hoje, nós não mais perseguimos todo o objectivo que a sociedade declara “vantajoso,” ou perseguimos objectivos oferecidos por nossos professores ou sugeridos em livros. Em vez disso, nós encontramos-nos a nós mesmos cada vez mais sozinhos connosco mesmos.
Este processo está a ocorrer porque o egoísmo humano aumentou até um ponto onde cada um de nós se sente totalmente isolado, apesar das sete biliões de pessoas à nossa volta. Logo, introspecção pode agora se tornar extremamente eficiente para nós.
Nossas presentes perguntas dizem respeito não apenas a assuntos mundanos, tais como que carreiras devemos nós perseguir, mas relacionam-se à própria razão de nossa existência. Nós não estamos mais a falar sobre sucesso, mas sobre porque devemos nós ficar vivos! Esperançosamente, desta vez nossa auto-examinação própria será genuína, rendendo resultados duradouros .
O povo de Israel determina tudo o que acontece no mundo inteiro. Embora existam medos e ansiedades de guerra e anti-Semitismo, nós presentemente não temos nada a temer. Se nós fizermos o nosso dever e trouxermos correcção ao mundo, as sinistras nuvens no horizonte irão dissolver-se, não apenas para nós, mas para toda a humanidade.
Nós não precisamos de nos focar apenas nos nossos próprios problemas, mas devemos primeiro e antes de mais na nossa responsabilidade de promover a paz mundial. Este é o critério pelo qual nós somos julgados de Cima.
Todo o sofrimento e aflições que sentimos - problemas de saúde, preocupações financeiras, problemas económicos e de segurança, e a pressão das nações - são forças operando sobre nós de Cima para nos impelirem a fazer o nosso dever. O povo de Israel é julgado em respeito ao colectivo, ao mundo inteiro, não apenas em respeito a eles mesmos. Se nós compreendemos isso e lhe responder-mos seriamente, nós descobriremos que a vida na Terra é literalmente céu na Terra. Mas este resultado dependerá de nossas acções e compromisso.
No fim do dia, nosso sucesso depende do nível de consciência de Israel de seu dever para com o mundo. Se nós podemos trazer este conhecimento às pessoas de uma maneira que elas podem compreender, nós iremos literalmente mudar o mundo. O ano vindouro pode ser um tempo de revelação da consciência e o propósito da criação. Ele pode ser o ano da revelação do nosso dever ao mundo, do que nós faz “o povo escolhido,” e o que nós devemos trazer para o mundo para levar a cabo o mandamento de sermos “uma luz para as nações.”
Que o ano vindouro traga consigo a disseminação da genuína sabedoria da Cabala, na qual o nosso bom futuro está dependente.
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