CAPITULO 2
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A Vida Como Uma Evolução De Desejos
No capítulo anterior, dissemos que o nome, Ysrael (Israel), combina as palavras Yashar (direito) e El (Deus). Estabelecemos que o nome surgiu quando Abraão reuniu pessoas que desejavam alcançar o Criador, descobrir Deus, e que foram chamadas "Israel" segundo esse desejo. Neste capítulo discutiremos a formação dos desejos em geral, e a formação do desejo pelo Criador, nomeadamente Israel, em particular. Para fazer isso, precisamos de examinar a realidade como uma evolução de desejos.
Em 1937, Baal HaSulam publicou Talmud Eser HaSephirot (O Estudo das Dez Sefirot), um comentário monumental sobre os escritos do ARI, autor de Árvore da Vida. No comentário, o autor entra em grande detalhe para explicar que na base da realidade reside o desejo de dar, a que ele chama "a vontade de doar," que então criou a vontade de receber. Esta é a razão porque, explica Baal HaSulam, nossos sábios testemunham que "Ele é bom e faz o bem,”41 e falam de “Seu desejo de fazer o bem às Suas criações.”42
Na Parte 1 de O Estudo das Dez Sefirot, Baal HaSulam explica porque a vontade de doar necessariamente criou a vontade de receber, e porque os dois desejos estão na base do todo da Criação. Nas suas palavras, “Assim que Ele contemplou a criação em prol de deleitar Suas criaturas, esta Luz [prazer] imediatamente se prolongou e expandiu de Ele na completa medida e forma dos prazeres que Ele havia contemplado. Tudo está incluído nesse pensamento, a que chamamos ‘O Pensamento da Criação.’ ...O Ari disse que no princípio, uma Luz superior e simples havia preenchido o todo da realidade. Isto significa que uma vez que o Criador contemplou deleitar as criações, e a Luz se expandiu e partiu d'Ele, o desejo de receber Seus Prazeres foi imediatamente impresso nesta Luz.”43
Para sublinhar a suposição de que a vontade de doar, o Criador, criou a vontade de receber em prol de lhe dar prazer, Baal HaSulam categoriza essa secção, “A vontade de doar no Emanador necessariamente gera a vontade de receber no emanado, e ela [a vontade de receber] é o vaso na qual o emanado recebe Sua Abundância.”44
Ashlag não foi o primeiro a se referir à criação da vontade de receber pela vontade de doar, por isso ele o fez mais implicitamente. Rabi Isaiah HaLevi Horowitz (O Sagrado Shlah) também escreveu que “Uma vez que Ele favoreceu fazer o bem às Suas criações, Ele as desejou beneficiar com o verdadeiro benefício, como com a matéria da criação da inclinação do mal [vontade de receber, egoísmo], que é a favor das criações.”45
Semelhante aos dois supramencionados sábios, Rabi Nathan Sternhertz escreve em Likutey Halachot [Regras Sortidas], “O Senhor aumenta Suas misericórdias e gentileza, pois Ele desejou beneficiar Suas criações no melhor possível de todo o melhor.”46
Assim, a vontade de doar, o Criador, deseja doar sobre nós, Suas criações, e é suposto recebermos esse benefício, a doação. Todavia, o que é esse benefício, o bem que é suposto recebermos?
Na sua “Introdução ao Estudo das Dez Sefirot,” Baal HaSulam escreve que o benefício que é suposto recebermos é alcançar o Criador, tal como Abraão fez há praticamente 4000 anos atrás. Nas palavras de Ashlag, “[quando alcançamos] um sente o maravilhoso benefício contido no Pensamento da Criação, que é deleitar Suas criaturas com Sua mão completamente bondosa e generosa. Devido à abundância do benefício que um alcança, amor maravilhoso aparece entre uma pessoa e o Criador, incessantemente derramando sobre ela pelos próprios trilhos e canais através dos quais o amor natural aparece. Contudo, tudo isto chega a uma pessoa a partir do momento em que ela alcança e daí em diante.”47
Para alcançar o Criador, temos de ter qualidades semelhantes às Suas, ou nos termos de Baal HaSulam, temos de obter “equivalência de forma" com Ele. Na "Introdução ao Livro, Panim Meirot uMasbirot [Brilhante e Acolhedora Face],” Ashlag escreve, “Assim, como pode um alcançar a Luz ... quando um está separado e em completa oposição de forma ... e há grande ódio entre eles [Criador e pessoa]?
...Desta forma, um ... lentamente purifica e inverte a forma de recepção para ser em prol de doar. Você descobrirá que um equaliza sua forma com o sistema de santidade, e a equivalência e amor entre eles regressa ... Assim, um é recompensado com a Luz ... uma vez que ele entrou na presença do Criador.”48
QUATRO NÍVEIS DE DESEJO
MOLDAM A REALIDADE
Quando examinando a realidade da perspectiva da evolução de desejos, os Cabalistas descobriram que a vontade de receber que acabámos de descrever contém quatro níveis distintos, imóvel (inanimado), vegetativo (flora), animado (fauna), e falante (humano). Desde que o ARI mencionou a divisão da realidade nesses quatro níveis no século XVI,49 numerosos académicos e Cabalistas discutiram esses quatro níveis. O MALBIM (Meir Leibush ben Iehiel Michel Weiser),50 Rabi Pinhas HaLevi Horovitz,51 e o RABaD (Rabi Avraham Ben David), que escreveram, “Todas as criaturas do mundo são imóveis, vegetativas, animadas e falantes,”52 são senão três de numerosos sábios que se referem à realidade como consistindo desses quatro níveis.
Todavia, nenhum sábio ou académico é tão descritivo como Baal HaSulam. Seus escritos, que explicitamente pretendeu que todos lessem e compreendessem, sistemática e elaboradamente detalham a estrutura da realidade da maneira que os Cabalistas e académicos Judeus a percepcionaram durante as eras. No seu ensaio, “A Liberdade,” ele explica a estrutura dos desejos imóvel, vegetativo, animado e falante sob a secção, “Lei da Causalidade.” Ele explica que todos os elementos da realidade estão ligados e emergem uns dos outros. Nas suas palavras, “É verdade que há uma ligação geral entre todos os elementos da realidade perante nós, que se regem pela lei da causalidade, por meio de causa e efeito, avançando em frente. E como o todo, assim cada item em si mesmo, ou seja que toda e cada criatura no mundo dos quatro tipos, imóvel, vegetativo, animado e falante, se rege pela lei da causalidade por meio de causa e efeito.
“Além do mais, cada forma particular de um comportamento particular, que uma criatura segue enquanto neste mundo, é empurrada por causas antigas, a obrigando a aceitar mudança nesse comportamento e não outro que se pareça. Isto é aparente a todos aqueles que examinam os caminhos da Natureza de um ponto de vista puramente cientifico e sem uma migalha de influência. Certamente, devemos analisar esta matéria para nos permitirmos a nós mesmos examiná-la de todos os lados.”53
OS QUATRO NÍVEIS DENTRO DE NÓS
Mas há mais, nossos sábios afirmam, os níveis de imóvel, vegetativo e falante não são exclusivos à natureza externa. Eles existem dentro de todo e cada um de nós, formando a base dos nossos desejos e até da estrutura interior de cada desejo. Rabi Nathan Neta Shapiro escreve, “Há quatro forças no homem, imóvel, vegetativo, animado e falante, e Israel têm ainda outra, quinta parte, pois eles são o Divino falante.”54
Baal HaSulam fornece uma explicação mais elaborada da maneira como eles níveis de desejos funcionam dentro de nós: “Nós distinguimos quatro divisões na espécie falante [humanos], ordenadas em gradações uma sobre a outra. Essas são as Massas, os Fortes, os Ricos, e os Sagazes. Elas são iguais aos quatro graus no todo da realidade, chamados ‘Imóvel,’ ‘Vegetativo,’ ‘Animado,’ e ‘Falante.’
“O imóvel ... suscita as três propriedades, vegetativo, animado, e falante. ...A mais pequena força entre elas é a vegetativa. A flora opera ao atrair o que é benéfico para ela e rejeitando o prejudicial muito da mesma maneira que os humanos e animais. Contudo, não há sensação individual nela, mas uma força colectiva, comum a todas as plantas no mundo...
“Sobre elas está o animado. Cada criatura se sente a si mesma, atraindo o que é benéfico a ela e rejeitando o prejudicial. ...Esta força sensível no Animado é muito limitada em tempo e espaço, uma vez que a sensação não opera sequer a mais curta distância fora de seu corpo. Também, ele não sente nada fora de sua própria estrutura temporal, ou seja no passado ou no futuro, mas somente no presente momento.
“Acima delas está o falante, consistindo de uma força emocional e uma força intelectual juntas. Por esta razão, seu poder em atrair o que é bom para ele e rejeitar o que é prejudicial e ilimitado no tempo e lugar, como é no animado. Devido à ciência, que é uma faculdade intelectual, ilimitada pelo tempo e lugar, um consegue ensinar outros onde quer que eles estejam no todo da realidade, no passado ou no futuro, e no decorrer das gerações.”55
ONDE SOMOS NÓS LIVRES PARA ESCOLHER
Tal como aprendemos de Baal HaSulam, a diferença entre o nível falante da realidade e os outros três níveis, tanto na sua natureza geral e dentro de nós, é que nós somos ilimitados em tempo e lugar enquanto escolhendo o que aproximar a nós e o que repelir. Colocando-o diferentemente, no todo da Natureza, a raça humana é a única espécie que tem livre arbítrio. Enquanto todas as outras criaturas seguem as ordens da Natureza involuntariamente, nós podemos escolher se as seguimos ou não. Lamentavelmente, como é evidente das crises globais de hoje, quando escolhemos ir contra as ordens da Natureza sem completo conhecimento das implicações de nossas acções, sofremos duras consequências pelos nossos erros.
E uma vez que interiormente consistimos dos mesmos quatro níveis, a mesma regra se aplica dentro de nós, e somente aqueles desejos e qualidades dentro de nós que pertencem ao nível falante são aquelas nas quais temos livre arbítrio.
Dentro de nós, os desejos básicos naturais, para reprodução e continuação da espécie, por abrigo e por alimentação, correspondem aos primeiros três níveis de desejos na Natureza, inanimado, vegetativo, e animado. O quarto nível, "falante," manifesta dentro de nós desejos por prosperidade além das nossas necessidades, poder, fama, respeito e conhecimento. A diferença fundamental entre os três níveis inferiores e o do topo é que os três inferiores existem em cada criatura na terra. Cada criatura procura assegurar a existência da sua própria espécie e manter sua descendência a safo num abrigo adequado. Inversamente, o quarto nível de desejos, que definiremos rudemente como "desejos por riqueza, honra e conhecimento," são exclusivamente humanos.
Tal como na sua natureza geral, os três níveis inferiores funcionam automaticamente, de acordo com as ordens da Natureza. A única faculdade na qual há livre arbítrio é o nível falante de desejos. Desta forma, devemos primeiro aprender os funcionamentos da nossa natureza interior antes que tentemos satisfazer os desejos do nível superior.
Para sermos capazes de trabalhar com o quarto nível de desejos, precisamos de saber o que afecta esses desejos e o propósito de sua existência dentro de nós. Com efeito, há outro nível de desejos dentro de nós que “suplanta” todos os quatro níveis, e que existe somente nos humanos.
UM PONTO NO CORAÇÃO
Este é o nível a que Rabi Nathan Shapiro chamou, “o Divino falante.” Ele é este desejo que nos propulsiona a explorar como este mundo funciona, o que o faz funcionar e como ele o faz, e porquê. Ele é o desejo a que chamamos “Israel,” Yashar El (direito ao Criador). Em Abraão, esse desejo apareceu como o anseio de saber “Como era possível que esta roda sempre rodasse sem um condutor? Quem a roda, pois ela não se pode rodar a si mesma?”56
Baal HaSulam chamou a esse desejo de conhecer o Criador, “o ponto no coração.” Na sua “Introdução a O Livro do Zohar,” ele explica que o coração pode ser visto como o todo dos nossos desejos, e que “o ponto no coração” é o desejo dentro de nós que aponta para o Criador.57 Meu professor, o Rav Baruch Shalom HaLevi Ashlag (o Rabash), o filho primogénito de Baal HaSulam e seu sucessor, explicou que o “ponto no coração” é o desejo chamado “Israel.” Nas suas palavras, “Há também Israel numa pessoa ... mas ela é chamada ‘um ponto no coração.’”58
Agora podemos ver porque Abraão estava tão determinado para partilhar o que ele havia descoberto. Ele sabia que os desejos humanos estavam a evoluir, e ele sabia que quanto mais eles evoluem, mais eles se voltarão para adquirir prosperidade, poder, dominação sobre os outros e conhecimento. Era claro para ele que sem adquirir o conhecimento da natureza dos desejos humanos, as pessoas não seriam capazes de se gerir a si mesmas e suas sociedades adequadamente.
Assim que Nimrod teve sucesso em impedir os esforços de Abraão de circular seu conhecimento aos Babilónios, esse homem sábio pegou naqueles que o seguiam e saiu da Babilónia para espalhar sua mensagem em para o exterior. Certamente, o legado de Abraão para nos é que aqueles que compreenderam o que ele havia ensinado deviam partilhar o conhecimento com quem quer que estivesse disposto a escutar. Nas palavras de O Livro do Zohar, “Abraão cavou esse poço [Beer Sheba]. Ele descobriu-o porque ele havia ensinado a todas as pessoas no mundo a servir o Criador. E assim que ele o cavou, ele emite águas vivas que nunca cessam.”59
O povo de Israel de hoje são os descendentes dos estudantes de Abraão, pessoas com pontos nos seus corações, o ponto de Israel dentro delas. E embora esse ponto agora esteja enterrado por baixo de séculos de esquecimento, ele existe e aguarda ser reacendido. Nas palavras do Sagrado Shlah, “Israel são chamados a ‘Assembleia de Israel,’ pois embora abaixo eles estejam separados uns dos outros, todavia, acima, na raiz de suas almas, eles são uma união, e eles estão congregados, pois eles são a parte do Senhor. Os ramos [o povo de Israel] que desejam regressar a suas raízes devem seguir o exemplo de suas raízes, ou seja se unirem abaixo também. Quando separação está entre eles, eles aparentemente causam separação e divisão acima, vejam quão longe a questão se prolonga. Desta forma, o todo da casa de Israel devem perseguir a paz e serem um, em paz e completude, sem um defeito, para se assemelhar a seu Fazedor [estarem em equivalência de forma com Ele], pois assim é o nome do Senhor, ‘Paz.’”60
Assim que Israel se unem e assim se corrigem a si mesmos, eles podem concretizar sua vocação e serem “Uma luz para as nações” (Isaías 42:6). Nas palavras de Rabi Naftali Tzvi Yehuda Berlin (O NATZIV de Volojin), “A principal razão pela qual maioria de nós vive em exílio é que o Senhor divulgou a Abraão Nosso Pai que seus filhos foram feitos para serem uma luz para as nações, que é impossível a menos que estejam dispersos no exílio. Assim foi Jacob, Nosso Pai, quando ele chegou ao Egipto, onde a maioria do povo estava. Com isso, Seu nome se tornou grande, quando eles viram Sua providência sobre Jacob e seus descendentes.”61
Falando da evolução dos desejos, a raça humana constitui o quarto e mais alto nível de desejo, o único que permite o livre arbítrio. Mas para tomar as escolhas certas, as pessoas precisam de saber como tudo funciona a partir da sua raiz. O povo Israelita representa o desejo de conhecer a raiz, e desta forma é sua responsabilidade estudar a raiz, e transmitir seus discernimentos e percepções ao resto da humanidade. Assim, todos saberão como fazer com que suas escolhas funcionem para seu benefício.
Para obter esse conhecimento, Abraão formou um método de estudo que os sábios durante as eras nutriram e desenvolveram. O próximo capítulo descreverá a evolução desse método, que desde que foi escrito O Livro do Zohar, tem sido referido como “Cabala.”
42 Rabbi Isaiah HaLevi Horowitz (The Holy Shlah), Masechet Pesachim, Sixth Interpretation, (27); Rabbi Menachem Nachum of Chernobyl, Maor Eynaim [Bright Eyes], Lech Lecha [Go Forth], Rabbi Tzadok HaCohen of Lublin, The Thoughts of the Diligent, item 19, and many others.
43 Yehuda Ashlag, Talmud Eser HaSephirot [The Study of the Ten Sephirot], Part 1, Histaklut Pnimit (Inner Reflection), Chapter 2, items 10-11 (Jerusalem: M. Klar, 1956), 17.
44 ibid.
45 Rabbi Isaiah HaLevi Horowitz (The Holy Shlah), Masechet Pesachim, Sixth Interpretation, (27).
46 Rabbi Nathan Sternhertz, Likutey Halachot [Assorted Rules], “Rules of Tefilat Arvit [Evening Prayer],” Rule no. 4.
47 Yehuda Ashlag,Talmud Eser HaSephirot [The Study of the Ten Sephirot], Part 1, “Introduction to the Study of the Ten Sephirot,” items 104-105 (Jerusalem: M. Klar, 1956), 31.
48 Rav Yehuda Leib HaLevi Ashlag (Baal HaSulam), The Writings of Baal HaSulam, “Introduction to the Book, Panim Meirot uMasbirot [Shining and Welcoming Face]” (Ashlag Research Institute, Israel, 2009), 150.
49 Rabbi Itzhak Luria (the Holy ARI), Tree of Life, Gate 39, Article no. 3.
50 Rabbi Meïr Leibush ben Iehiel Michel Weiser (The MALBIM), Concerning 1 Kings, 8:10, Section, “Explanation of the Matter.”
51 Rabbi Pinhas HaLevi Horovitz, Sefer HaMikneh [The Deed Of Purchase], Masechet Kidhushin [Treatise Betrothal], p 82a.
52 Rabbi Abraham Ben David, (The RABaD), The RABaD Commentary on The Book of Creation, Chapter 2, Study no. 2.
53 Rav Yehuda Leib HaLevi Ashlag (Baal HaSulam), The Writings of Baal HaSulam, “The Freedom,” 415.
54 Rabbi Nathan Neta Shapiro, Reveals Deep Things, Parashat Shemot [Exodus].
55 Rav Yehuda Leib HaLevi Ashlag (Baal HaSulam), The Writings of Baal HaSulam, “Introduction to the Book, Panim Meirot uMasbirot [Shining and Welcoming Face],” 134.
56 Maimonides, Yad HaChazakah (The Mighty Hand), Part 1, “The Book of Science,” Chapter 1, Item 1.
57 Rav Yehuda Leib HaLevi Ashlag (Baal HaSulam), The Writings of Baal HaSulam, “Introduction to The Book of Zohar,” items 43-44, 444.
58 Rav Baruch Shalom Ashlag (the Rabash), The Writings of Rabash, “On My Bed at Night” (Ashlag Research Institute, Israel, 2008), 129.
59 Rabbi Shimon Bar Yochai (Rashbi), The Book of Zohar (with the Sulam [Ladder] Commentary by Baal HaSulam, New Zohar, Parashat Toldot, vol. 19, item 31 (Jerusalem), 8-9.
60 Rabbi Isaiah HaLevi Horowitz (The Holy Shlah), Masechet Sukkah [Treatise, Sukkah], Chapter, “Torah, Light” (13).
61 Rabbi Naphtali Tzvi Yehuda Berlin (The NATZIV of Volojin), Haamek Davar [Delve Deep in the Matter] about Beresheet [Genesis], Chapter 47:28.