Os signos do Zodíaco e o destino – o tema é emocionante e intrigante e não muito compreendido. Será que as estrelas afetam nosso destino; é possível prevê-lo e o que você pode fazer com esse conhecimento?
A astrologia era conhecida no antigo Egito, Grécia antiga, no Oriente, Índia, China, e entre os índios americanos. E hoje, muitas pessoas acreditam que existe uma conexão entre as estrelas no céu e o estado humano. Será que essa conexão realmente existe?
O universo inteiro se desenvolve gradualmente, passo a passo, e o ser humano é a última etapa de seu desenvolvimento, o mais desenvolvido deles. Mas só porque as pessoas são mais desenvolvidas do que os animais e têm tal mente e sentimentos com os quais podem revelar a natureza num grau maior, elas se sentem muito vulneráveis.
Se uma criança não for educada, ela vai crescer como um animal. Mas se lhe dermos toda a experiência humana, acumulada ao longo de muitos anos, ela vai se tornar um ser humano até o nível em que recebeu a oportunidade de se desenvolver. Um ser humano se desenvolve, e como ele se desenvolve, ele revela o mundo.
Portanto, o ser humano é uma criatura muito sensível, porque tem que sentir a natureza de uma maneira sutil.
Tudo isso ainda é um mistério para nós.
Nós podemos melhorar as condições para a existência do corpo e para as nossas famílias e filhos. Nós podemos responder a qualquer pergunta, exceto à principal delas com respeito ao nosso destino. O conceito de destino inclui a forma em que existíamos antes do nascimento, qual será esta forma após a nossa morte, bem como o que acontece conosco no intervalo entre o nascimento e a morte, e que testes vamos ter que passar nessa vida.
Por um lado, nós reconhecemos que tudo isso é planejado. Mas, no que diz respeito a nós, parece um completo acidente (acaso). Nós achamos que agora é uma coincidência, mas talvez possamos subir um pouco, olhar para baixo e ver o programa, que é extremamente curioso.
Será que as estrelas dizem como será o meu próprio destino? O que há de tão especial nas estrelas?
Nada! Estes elementos, as estrelas no céu, são constantes, e dia após dia, ano após ano, por todas as épocas, ao longo dos séculos, passam pelos mesmos ciclos.
Portanto, nós podemos calibrar a posição de cada uma delas em qualquer ponto no tempo e conectá-la ao nosso nascimento, ao dia do casamento, ou a outros eventos, ou decidir lutar ou fazer a paz, e coisas assim.
Está escrito na Torá, por exemplo, que Hamã foi um grande astrólogo, e que o próprio Abraão estudou astrologia, vendendo ídolos e amuletos.
O problema é que as pessoas comuns não têm a possibilidade de um impacto inverso sobre o seu destino. A fim de influenciar o próprio destino – ou seja, a força superior –somente aquele que sabe como fazer isso pode fazê-lo de baixo para cima.
Os Cabalistas são os únicos que podem fazer isso. Como está escrito num ditado muito famoso dos sábios, “Israel está acima das estrelas e sinais de boa sorte”. Na sabedoria da Cabalá, está escrito como podemos nos conectar uns com os outros, para estarmos preparados para isso, não só para nos protegermos, mas também para governarmos nosso próprio destino e a nossa sorte.
Então, eu olho para o mapa dos céus que a sabedoria da Cabalá revela para mim, e este mapa revela as estrelas e os sinais de boa sorte para mim, as chamadas Mazalot, as “gotas de sorte” (da palavra hebraica Nozel, ou dreno). Estas são as luzes especiais que caem sobre nós gota a gota a partir de um sistema maior, Rosh (cabeça, cérebro) de Atzilut, e nos influenciam através da formação de todos os tipos de fenômenos na parte inferior, dentro de nós – os atuais e os que virão no futuro. Todas essas forças são chamadas de sinais de boa sorte (Mazalot).
Cada religião tem rituais que estão perto da adivinhação e crenças. Tudo isso pertence à área desconhecida para nós. Mas, na história, houve um homem que declarou uma guerra contra esta incerteza, lutou bravamente e começou uma grande revolução. Seu nome era Abraão.
No início, ele era um profeta e sacerdote que estudava astronomia e astrologia, previa o futuro e vendia ídolos e amuletos. Naqueles dias, a ciência estava intimamente misturada com a religião e todos os tipos de crenças. A ciência era estudada em mosteiros e pertencia à religião.
Esta confusão permanece até hoje e nós temos que nos livrar da superstição medieval. O desenvolvimento tecnológico é puramente mecânico e não elevou o espírito humano. Pelo contrário, ele o rebaixou.
Abraão foi um grande astrólogo e famoso feiticeiro que vendia ídolos. Seu pai, Tera, era um sumo sacerdote. Eles eram considerados pessoas muito importantes na Babilônia e representavam a suprema autoridade espiritual.
Mas Abraão desistiu de sua posição de honra, a fim de realizar seu desejo interior. Ele explorou a natureza e tentou entender por que o mundo inteiro existia e onde estava a força superior que controlava tudo. No final, ele revelou esta força superior, o Criador.
Ele trabalhou de forma abnegada, apesar do medo. Afinal, ele foi contra todas as suas crenças anteriores não temendo que pudesse ser morto por isso. Na verdade, ele teve que fugir da Babilônia. Abraão foi a primeira pessoa na terra que fez a transição do misticismo, da magia, dos amuletos e da idolatria para o verdadeiro conhecimento da natureza.
Existe uma coisa como mágica? Será que temos a possibilidade de usar a força sobrenatural, a fim de mudar a nossa realidade?
Não. O próprio conceito de “sobrenatural” deve ser redefinido. Se estamos a falar sobre o que está acima de nosso ser, então podemos correlacionar todo o fenômeno natural a este reino.
Uma pessoa anseia por segurança; ela precisa de uma “política de garantia” contra todas as ameaças.
Este é o lugar de onde a magia vem. Em primeiro lugar, a magia nos proporciona segurança contra ameaças, incluindo os inimigos, os quais agora uma pessoa pode enfrentar armado com uma arma espiritual. Em segundo lugar, é uma oportunidade para começar o ataque, para estabelecer sua superioridade, para limpar a área de malfeitores que se interpõem em seu trajeto.
Este é o lugar onde muitas pessoas fazem promessas, afirmando que eles sabem como fazer mágica e irão ajudá-lo somente se os seus serviços forem pagos.
Há mágica preta e branca. Se a primeira é para causar danos, então, a segunda, por sua vez, promete ajudar. Tal divisão, no entanto, é puramente arbitrária, assim como as crianças quando imitam pessoas boas e más. A pessoa sente-se fraca diante das forças que determinam sua vida. Uma pessoa iria querer controlar o próprio destino e, por isso, passa a ver as pessoas “como se estivesse por dentro do assunto”.
Além de tudo isso, a morte de nossos corpos realmente nos assusta, assim como o desconhecido à frente. O que vai acontecer com a minha alma? Onde isso vai parar? Posso escapar do inferno e garantir que eu acabe no céu? Isso também motiva uma enorme preocupação sobre outras pessoas que podem ganhar um bom dinheiro.
Fonte: Magia À Venda
A antiga Babilônia foi o berço de diferentes correntes e métodos espirituais. Antes da idade de Abraão, os babilônios viviam em paz, amor e amizade, como os seguidores de Noé lhes ensinaram. No entanto, após o crescimento do ego, eles começaram a se afastar uns dos outros e se dividiram em vários grupos.
Cada grupo começou a adorar outro deus (atributo ou força), como resultado de sua inclinação interior. Não era uma simples adoração de pedras e árvores, mas das forças da natureza. Assim, muitos deuses que incluíam magia negra e branca, astrologia e outros métodos, apareceram e existem até hoje.
Abraão experimentou uma verdadeira tragédia quando percebeu que precisava se desprender de todos e criar uma escola radicalmente nova. A diferença entre a sua escola e outras escolas era enorme, pois sua metodologia baseava-se no uso de poderes negativos para atingir uma elevação positiva. Os ensinamentos de todas as outras escolas foram construídos sobre um método para aplacar as forças negativas da natureza e viver em concordância e harmonia com elas.
Abraão acreditava que não há nada de negativo no mundo. Se algo parece negativo, é apenas porque o utilizamos incorretamente. No momento em que começamos a usar corretamente as forças negativas, ascendendo acima delas, com a ajuda das forças positivas, nós imediatamente começamos a subir. Assim, as forças negativas são realmente essenciais, uma vez que todas derivam do Criador, que é bom e benevolente. É apenas o uso dessas forças que está errado. O sistema espiritual obriga uma pessoa a trabalhar sobre si mesma, a fim de posicionar corretamente os seus atributos positivos e negativos.
Ao disseminar e explicar o seu método, Abraão encontrou períodos muito sérios de conflito com seus compatriotas. Como resultado, ele teve que deixar a antiga Babilônia e separar-se totalmente de tudo no coração e na mente que ele conhecia sobre o nível anterior, ou seja, renunciar totalmente ao politeísmo e todos os tipos de práticas espirituais. Ele sabia que há apenas o homem, a sociedade onde o homem quer se parecer com o Criador, e o próprio Criador.