Vamos, por um momento, viajar praticamente seis mil milhas para o leste, e praticamente quatro mil anos no passado, para a antiga Mesopotâmia, o coração do Crescente Fértil, o berço da civilização. Situada dentro de um vasto e exuberante trecho de terra entre os rios Tigre e Eufrates, no que hoje é o Iraque, a cidade-estado Babilónia representava-se anfitriã a uma civilização florescente. Explodindo com vida e acção, ela era o centro de comércio do mundo antigo.
Babilónia, o coração dessa civilização dinâmica, era uma panela de pressão, um substrato ideal sobre o qual uma miríade de sistemas de crença e ensinamentos cresceram e floresceram. Os Babilónios praticavam muitos tipos de idolatria.
Babilónia, o coração dessa civilização dinâmica, era uma panela de pressão, um substrato ideal sobre o qual uma miríade de sistemas de crença e ensinamentos cresceram e floresceram. Os Babilónios praticavam muitos tipos de idolatria.
O filho de Térach, Abraão, que então ainda andava pelo nome de Abrão, possuía uma certa qualidade que fazia dele único: ele era invulgarmente perceptivo, com um zelo cientifico pela verdade. Abraão era também uma pessoa preocupada, que reparou que o povo da sua cidade se estava a tornar crescentemente infeliz. Quando ele reflectiu sobre isso, descobriu que a causa da sua infelicidade era o crescente egoísmo e alienação que se estavam a apoderar entre eles. Dentro de um período de tempo relativamente curto, eles declinaram da união e preocupação mútua, tendo sido “De uma língua e uma fala” (Génesis 11:1), para a vaidade e alienação, dizendo “Vinde, construamos uma cidade, e uma torre, com seu topo nos céus, e façamos para nós mesmos um nome” (Génesis, 11:4).
Na sua composição, HaYad HaChazakah (A Mão Poderosa), também conhecida como Mishné Torá (Repetição da Torá), o reconhecido académico do século XII, Maimónides (o RAMBAM), descreve a determinação de Abraão e esforços para descobrir as verdades da vida: “Desde que este firme foi desmamado, ele começou a questionar. ...Ele começou a ponderar dia e noite, e ele questionava-se como era possível que esta roda sempre rodasse sem um condutor? Quem a roda, pois ela não se pode rodar a si mesma? Ele não tinha nem professor nem tutor. Em vez disso, ele foi cunhado em Ur dos Caldeus entre os idolatras iletrados, com sua mãe e pai, e todas as pessoas que adoravam as estrelas, e ele, adorava com eles.”
Na sua busca, Abraão descobriu a união, a unicidade da realidade, essa força singular criativa que cria, sustenta e conduz toda a realidade para a sua meta. Nas palavras de Maimónides, “[Abraão] alcançou o caminho da verdade ... com sua sabedoria correcta, e sabia que havia um Deus que conduz… que Ele criou tudo, e que em tudo o que há, não há outro Deus senão Ele.”
A atitude dos conterrâneos de Abraão uns para os outros o incomodava, e ele iria até lá e observaria a conduta dos construtores. Pirkey de Rabi Eliezer descreve suas observações da sua animosidade de uns para os outros: “Abraão, filho de Térach, passou e viu-os a construir a cidade e a torre.” Ele tentou falar com eles e lhes contar sobre o Criador, a força governante da união que ele havia descoberto. “Mas eles abominaram suas palavras,” em vez disso, “Eles desejaram falar a língua uns dos outros,” como antes, quando ainda eram de uma língua, “Mas eles não sabiam a língua uns dos outros. Que fizeram eles? Cada um deles pegou sua espada e lutou com o outro até à morte. Certamente, metade do mundo morreu ali pela espada.”
“Eles construíram-a alta ... aqueles que trariam os tijolos subiam-a do seu lado oriental, e aqueles que a desciam, desciam-a do seu lado ocidental. Se uma pessoa caísse e morresse, eles não se preocupariam com ela. Mas se um tijolo caísse, eles se sentariam e chorariam e diriam, ‘Quando virá outro no seu lugar.’”
As descrições elaboradas de Maimónides contam-nos, “Ele começou a clamar ao mundo inteiro, para os alertar que há um Deus para o mundo todo... Ele clamou, vagueando de cidade em cidade e de reino em reino, até que chegou à terra de Canaã…
“E uma vez que eles [pessoas nos lugares onde ele vagueava] se reuniam ao seu redor e lhe perguntavam sobre suas palavras, ele ensinava a todos…até que ele os trouxe de volta ao caminho da verdade. Finalmente, milhares e dezenas de milhares se reuniram ao seu redor, e eles são o povo da casa de Abraão. Ele colocou seu princípio nos seus corações, compôs livros sobre isso, e ensinou seu filho Isaac. E Isaac se sentou e ensinou e alertou, e informou Jacob, e o nomeou professor, para se sentar e ensinar... E Jacob o Patriarca ensinou todos os seus filhos. Ele separou Levi e o nomeou a cabeça, e o fez sentar e aprender o caminho de Deus…”
Baseado em: Como Um Feixe De Juncos, O Nascimento Do Povo De Israel
Um judeu é alguém que sente que ele anseia transcender este mundo e alcançar o mundo superior (é chamado superior visto que isso não funciona de acordo com a propriedade de recepção, de acordo com o egoísmo, mas de acordo com o atributo de doação). A raiz de “transcender” – “Ever”, em hebraico, deriva da mesma raiz da palavra “Hebreu” – “Ivrit“, um judeu.
A palavra “judeu” – “Yehudi” se origina da palavra “unidade” – “Yichud.” A palavra “Israel” deriva das palavras “Yashar-El“, que significa dirigir-se direto ao Criador. Tudo depende apenas do que a pessoa anseia. Os judeus não são uma nação, mas um grupo ideológico de pessoas. Esta é a razão porque qualquer um pode ser um judeu!
Um judeu é alguém que sente que ele anseia transcender este mundo e alcançar o mundo superior (é chamado superior visto que isso não funciona de acordo com a propriedade de recepção, de acordo com o egoísmo, mas de acordo com o atributo de doação). A raiz de “transcender” – “Ever”, em hebraico, deriva da mesma raiz da palavra “Hebreu” – “Ivrit“, um judeu.
A palavra “judeu” – “Yehudi” se origina da palavra “unidade” – “Yichud.” A palavra “Israel” deriva das palavras “Yashar-El“, que significa dirigir-se direto ao Criador. Tudo depende apenas do que a pessoa anseia. Os judeus não são uma nação, mas um grupo ideológico de pessoas. Esta é a razão porque qualquer um pode ser um judeu!