Qual é o significado interior do feriado de Sucot?
Sucot é uma festa muito importante porque celebra a ascensão espiritual. No final do ano, nós refletimos sobre os resultados da nossa autoanálise crítica.
Se nós trabalhamos bem ao longo do ano, em busca de como nos corrigir, de modo a voltarmos ao Criador, então nós descobrimos nossa culpa numa infinidade de transgressões.
Após julgar a nós mesmos, nós entregamos uma sentença chamada o início do novo ano: Rosh Hashana (cabeça do ano). Nós queremos que o Criador, a força de amor e doação, seja o nosso chefe, nosso rei.
Rosh Hashana é a coroação do Rei como o maior de todos, incorporando doação, amor, carinho e satisfação.
Durante Sucot, uma luminescência especial brilha sobre aqueles que desejam se unir com todas as criaturas e se aproximar do Criador, das qualidades superiores de amor doação e universal.
O feriado de Sucot dura sete dias, de acordo com as Luzes que temos que obter: Hessed, Guevura, Netzah, Hod, Yessod e Malchut, ou os convidados que se revezam visitando as festas diárias do feriado: Abraão, Isaac, Jacó, Moisés, Arão, José e David.
Até Sucot nós nos ocupamos em julgar a nós mesmos, esclarecendo o que pode e o que não pode ser corrigido. E ocorre que estamos cheios de maldade, como uma romã que está cheia de sementes, mas está totalmente podre.
O símbolo da Luz circundante é a Sucá, uma tenda ou copa especial.
Nós fazemos uma sombra, porque não queremos receber a Luz para nós mesmos, para nosso próprio benefício; em vez disso, nós desejamos mudança, conexão com o Criador, a Luz, pela simples razão de dá-la aos outros. Isso é o que representa uma pessoa justa: quem toma apenas o que é necessário para o seu sustento, e dá o resto. Essa é a recepção corrigida simbolizada pela Sucá.
Fonte: Os Dias De Ascensão Espiritual
Nós temos o feriado de Sucot, quando nos sentamos na sombra de uma tenda especial – a Sucá, ou em outras palavras, nós nos cobrimos com uma tela. Os quatro símbolos do feriado de Sucot - o Lulav (ramo de palmeira), Hadassim (ramos de murta), Aravot (ramos de salgueiro) e Etrog (uma fruta cítrica) – simbolizam o HaVaYaH completo, ou os quatro estágios da revelação da força superior em seu desejo de receber corrigido.
Nosso desejo egoísta tem quatro camadas que precisamos corrigir. O egoísmo é o que está entre nós, impedindo de nos unirmos. Se pudermos conectar todas estas formas de egoísmo junto (tomar todos os quatro símbolos de Sucot em nossas mãos) e apontá-las diretamente à força da unidade, isso significa que realizamos a bênção chamada “Arba Minim“.
Fonte: No Ciclo Dos Feriados
A pessoa sentada numa Sucá simboliza o desejo. As medidas da Sucá simbolizam as qualidades da alma humana, e seu telhado simboliza o Masach (tela).
Ou seja, eu não quero receber a Luz para meu próprio prazer, então deve haver mais sombra do que Luz numa Sucá. Isto simboliza a minha disponibilidade de estar satisfeito com as mínimas necessidades, com tudo o resto para a doação.
Em todos os dias do feriado de Sucot, nós recebemos uma Luz nova, com cuja ajuda examinamos os nossos desejos e os corrigimos. A iluminação que chega até nós é chamada de Ushpizin (convidados). Nós recebemos convidados de honra na nossa Sucá nesta ordem: Abraão, Isaac, Jacó, Moisés, Arão, José e David. Eles representam sete Luzes, cada uma delas corrigindo em nós uma parte específica da alma: Hesed (a característica de Abraão), Gevura , Tiferet, Netzach, Hod, Yesod e Malchut .
Assim, durante todo o feriado de Sucot, nós corrigimos a nós mesmos, organizando refeições festivas para os Ushpizin. Costuma-se comer e beber apenas numa Sucá, porque só lá é possível fazer uma correção.
Durante Sucot nós fazemos bênçãos com quatro símbolos: Lulav (palmeira), Etrog (cidra), murta e salgueiro. Sua forma é semelhante às características inatas das quatro partes da alma humana: Chochmá, Bina, Zeir Anpin e Malchut, que juntas compõem um HaVaYaH completo.
Portanto, há uma tradição de escolher o Etrog com cuidado para que não haja quaisquer defeitos, pois ele simboliza Malchut, a base da criação, a base da alma. Todos esses símbolos devem estar conectados entre si, e assim é possível abençoar, ou seja, atrair a Luz.
De fora, este processo pode parecer algum tipo de cerimônia idólatra. A pessoa sacode os ramos simbólicos que são reunidos algumas vezes, movendo-os em todas as direções da Luz: direita, esquerda, centro, acima, abaixo, para frente e para trás. No entanto, se lermos a explicação do ARI no livro, Shaar HaMitzvot, então ficará claro que atividades espirituais elevadas são escondidas por trás disso.
Fonte: Mais Sombra Do Que Luz
Acredita-se que todas as noites os membros do Ushpizin (convidados), os visitantes, vêm à Sucá de acordo com a ordem: Abraão, Isaac, Jacó, Moisés, Aarão, José e Davi.
Todos esses visitantes simbolizam as Luzes de correção em sete níveis espirituais. Eles não são figuras históricas, mas estados espirituais. Cada um dos níveis possui um carácter único, e apenas quando a pessoa passa por eles, o que significa que se corrige em sete estados diferentes, ela está pronta para a revelação do Criador.
“Levítico”, 23:40-23:42: E no primeiro dia tomareis para vós ramos de formosas árvores, ramos de palmeiras, ramos de árvores frondosas, e salgueiros de ribeiras; e vos alegrareis perante o Senhor vosso Deus por sete dias. E celebrareis esta festa ao Senhor por sete dias cada ano; estatuto perpétuo é pelas vossas gerações; no mês sétimo a celebrareis. Sete dias habitareis em tendas; todos os naturais em Israel habitarão em tendas…
Todas as plantas que são especificadas no verso simbolizam características especiais que uma pessoa deve atingir a montar completamente seu Kli espiritual para descobrir o Criador no último dia do feriado de Sucot. O Kli espiritual é composto de sete partes: Hesed, Gevura, Tiferet, Netzach, Hod, Yesod e Malchut. Cada uma delas corresponde a um tipo específico de planta: Hesed, Gevura e Tiferet são três ramos de murta; Netzach e Hod são dois ramos de salgueiro, Yesod é um Lulav (folha de palmeira) e Malchut é um Etrog (cidra). Quando nós unimos todas essas plantas, elas incorporam os estados corrigidos das sete partes de nossa alma. Por isso, nós as mantemos durante todo o festival numa Sucá, simbolizando a Ohr Makif (Luz Circundante) que nos corrige.
Em outras palavras, se uma pessoa reúne todas essas características dentro de si mesma e já pode pedir a sua correção completa e aumentar as bênçãos, a Ohr Makif doa a ela. Certamente, este é o resultado de seu trabalho interior e não do trabalho físico. Desta forma, ao longo dos sete dias, sete Luzes purificadas entram nela em ordem, corrigindo e preparando-a para o oitavo último dia, quando ela deixa a Sucá.