As palavras "perder-me a mim mesmo" não se destinam a que eu perca meu coração e mente, mas em vez disso que eu devo direcionar minha atenção para sentir o coração e mente comuns do círculo. Como uma única roda dentada, eu chego ao círculo com "pontos agudos." Meu esforço para me movimentar com o resto das rodas dentadas permite-me manter meus "pontos agudos" por um lado e por outro permite-me sentir como meus amigos giram juntamente comigo e com o seu papel no sistema. Desta maneira, gradualmente, um espaço vazio é formado dentro de mim para sentir as batidas do coração dos meus amigos. Este estado é também chamado "como um homem com um coração".
Durante o workshop devo ver-me a mim mesmo como o último participante que precisa de somar sua parte a aquilo que já é inteiro.
Alguma vez sentiu que está debaixo de uma nuvem pesada, não entendendo nada e então subitamente sente certa iluminação, as coisas começam a se tornar mais claras e as respostas aparecem? É isto que acontece quando procuramos uma solução no círculo. Por que? Porque a pergunta é feita da presente fase de conexão e a resposta para a pergunta está na próxima fase de conexão. Não há nada mais incorreto que procurar a solução na mesma fase.
Somente depois de uma sensação de um espaço comum ter sido formada no círculo onde eu não sinto a mim mesmo, mas ao invés disso sinto a conexão com os outros (o centro do círculo), podemos "colocar dentro do círculo" nosso conhecimento e experiência, para expressar corretamente o que sentimos. Desta maneira, a conexão com os outros começa a ser sentida como alguma coisa viva, da qual termos como "anulação", "escutar", "conexão", "Criador" e mais começam a se tornar claros.
O Livro "A Sabedoria do Círculo" (não publicado)