Esta não é uma crise do capitalismo, é uma crise do individualismo. Não é uma simples crise de superprodução capitalista, mas sim o nascimento de um novo nível da humanidade-uma comunidade integral. Em vez de lutar com o capitalismo, devemos construir a sociedade da garantia mútua, criando um ambiente educacional que irá influenciar as pessoas. Só a transformação da consciência humana vai nos elevar a um novo nível de existência. Caso contrário, a natureza nos obrigará a isso através de suas forças severas do desenvolvimento.
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Nas Notícias (Time): “A solidão mata. Essa é a conclusão de um novo estudo realizado por pesquisadores da Universidade Brigham Young que dizem estar soando o alarme sobre o que poderia ser a próxima grande questão de saúde pública, junto com a obesidade e o abuso de drogas.
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Nas Notícias (Time): “A solidão mata. Essa é a conclusão de um novo estudo realizado por pesquisadores da Universidade Brigham Young que dizem estar soando o alarme sobre o que poderia ser a próxima grande questão de saúde pública, junto com a obesidade e o abuso de drogas.
“O sentimento subjetivo de solidão aumenta o risco de morte em 26%, de acordo com o novo estudo publicado na revista Perspectivas na Ciência Psicológica. Descobriu-se que o isolamento social — ou a falta de conexão social — e viver sozinho são ainda mais devastadores para a saúde de uma pessoa do que se sentir sozinho, aumentando o risco de mortalidade em 29% e 32%, respectivamente.
“Os pesquisadores enfatizaram a diferença entre o sentimento subjetivo e auto-relatado de solidão, e o estado objetivo de estar socialmente isolado. Ambos são potencialmente prejudiciais, encontrou o estudo. As pessoas que dizem que estão sozinhas, mas se sentem felizes, têm um risco aumentado de morte, assim como aquelas que têm muitas conexões sociais mas dizem que são solitárias. Pessoas que estão objetivamente isoladas e subjetivamente solitárias podem estar em maior risco de morte, diz Julianne Holt-Lunstad, uma autora do estudo, apesar dela observar que seriam necessários mais dados para saber com certeza”.
Este problema irá se manifestar cada vez mais na medida em que o mundo se torna mais amarrado com conexões externas, mas as pessoas se tornam cada vez mais solitárias. Há uma discrepância constante entre nossas conexões negativas e positivas no mundo, e a magnitude desse descompasso traz todo o sofrimento ao mundo.
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Nas últimas décadas, o tema da busca da felicidade na sociedade humana, em Israel e no mundo, tornou-se uma tendência. Um grande número de livros, cursos e workshops surgiram sobre o assunto. No livro Eclesiastes do rei Salomão, a busca da felicidade anda de mãos dadas com a busca da verdade. Que tipo de verdade ele está falando?
A verdade muda o tempo todo. Cada geração determina as regras gerais para si de acordo com as quais determina o que é chamado de verdade e o que é chamado de falsidade, bem e mal, prazer e sofrimento. Cem ou duzentos anos atrás, o que era considerado felicidade era ter um emprego, um lugar para viver, uma família e filhos.
Resulta que não há felicidade no mundo?
Felicidade, em “Vaidade das Vaidades” (Eclesiastes 1:2) é a doação aos outros!
No livro Eclesiastes do rei Salomão, a mesma frase se repete o tempo todo: “O que foi, isso é o que há de ser; e o que se fez, isso se fará; de modo que nada há de novo debaixo do sol” (Eclesiastes 1: 9). Esta é uma descoberta muito triste.
Se você só quer desfrutar o mundo, você sempre terá o vazio.
O jornal “Globes” publicou um artigo detalhado sobre a “indústria da felicidade”, que está nos tornando cada vez mais infeliz. O índice de depressão no Ocidente está constantemente a aumentar, enquanto a média de idade das vítimas está diminuindo. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde, em 2020 a depressão será a segunda causa de incapacidade e morte no mundo, superada apenas pelas doenças cardiovasculares.
O homem moderno está afundando na solidão, mas a sociedade não lhe lança uma bóia de salvação. Com exceção do Islamismo, o papel da religião como fonte de apoio é cada vez menor. Comunidades estão desmoronando e o conceito de uma família grande e feliz nos países ocidentais está se tornando absurdo. A medida que as pessoas migram para o espaço da comunicação virtual, elas supõem, equivocadamente, que a partir de agora podem passar sem um ambiente real e acolhedor. Como resultado, a pessoa olha para a solução de todos os problemas um por um consigo mesma, dentro de sua concha, empoleirada em uma tela de computador.
A vida de uma sociedade que sofre de déficit de atenção viaja na velocidade da luz. Pessoas “tuitam” (de twitter) textos curtos esperando ter tempo de expressar algo que não vai ser ouvido por ninguém num momento posterior. Qualquer coisa interna que exija esforço, persistência e tempo é rejeitada na origem. Quando a pessoa está vazia, sem objetivo verdadeiro, a preocupação e a depressão agarram-se a ela. Então, onde é que ela pode conseguir esse objetivo? Onde é que ela pode encontrar sentido?
Hoje, todos os investigadores sérios afirmam que a felicidade está no contacto com os outros, na doação, e que o verdadeiro significado só pode ser revelado na nossa interconexão. Viktor Frankl, o famoso psicólogo austríaco, diz que uma pessoa sentada em casa, tentando encontrar sentido em sua própria vida, é como alguém tentando arrombar uma porta aberta, sem entender que ela abre para dentro, em vez de para fora.
“Você não vai encontrar a felicidade em uma concha”, diz um dos especialistas entrevistados para o jornal “Globes”. Centrando-se em si mesma, em vez de estender a mão aos outros, a pessoa só aumenta seu narcisismo e depressão.
Será que uma pessoa morre quando seus órgãos não funcionam juntos em harmonia? Eu pensava que o motivo fosse que um determinado órgão estivesse enfraquecido e não pudesse funcionar corretamente. Por essa razão todos os órgãos não funcionam corretamente, e não que o problema estivesse simplesmente no relacionamento entre eles?
Se examinássemos o órgão que deixou de funcionar normalmente, veríamos que o seu dano é causado pela falta de comunicação adequada dentro das partes internas do órgão. Somente a conexão pode dar errada e não a célula em si. Mesmo que uma célula não funcione, isso significa que o problema esteja na sua conexão dentro do sistema.
A única razão para a fraqueza e distúrbio é a falta de conexão entre as partes do todo, começando com as partes maiores até as moléculas microscópicas. Toda doença num corpo só surge com a falta de uma conexão correta. Forças externas e internas emergem, interrompendo e quebrando a conexão correta entre as partes do corpo, sejam as grandes ou pequenas. Não faz nenhuma diferença de que partes estamos falando. Nós acreditamos que o coração ou os rins podem estar fracos ou doentes, mas se examinarmos esses órgãos mais profundamente, veremos que isso decorre da falta de conexão entre os seus componentes internos.
Por que as crianças de hoje não são tão felizes?
Porque elas atingiram um nível de egoísmo que não podem encontrar satisfação. No passado, se uma família tinha um quarto para morar, isso era suficiente para que eles fossem felizes. Mas hoje cada pessoa precisa de um apartamento separado e um carro para dar uma volta sozinha. Nós estamos sempre nos isolando e cada pessoa se encerra dentro de si.
Ninguém se sente feliz, e a razão para isso é o nosso isolamento. A felicidade só pode ser sentida quando você sente como a energia, a força, e o calor fluem dentro da nossa conexão com o outro.
A solidão é a escravidão egípcia e vale a pena sair dela.
No mundo moderno de hoje, a maior recompensa para a independência é a solidão. Portanto, como eu posso, por um lado, manter a minha independência, e juntamente com isso adicionar gradualmente elementos a esta vida que me conectarão com outras pessoas?
A pessoa não tem que desistir de nada para ser incluída na vida da comunidade. Por um lado, esta vida é mais desenvolvida, corrigida e quente, e por outro lado, você está incluído nela na medida em que você quer, na medida em que é benéfico para você. Você não desiste de nada.
Como regra geral, nós pensamos que temos que desistir de nossa independência, da nossa liberdade e de nossas decisões. Venham, vamos tentar jogar com a vida da comunidade, com o acordo entre nós, com tal conexão à distância, para que possamos chegar a uma igualdade especial em todos os tipos de formas de conexão.
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Nas Notícias (de The Huffington Post): “Passaram-se cem anos desde que as drogas foram proibidas pela primeira vez – e durante todo este longo século de guerra contra as drogas, nos foi contada uma história sobre o vício por nossos professores e governos. Esta história é tão profundamente enraizada em nossas mentes que nós tomamos como verdadeira. Parece óbvio. Parece certamente uma verdade… Mas o que eu aprendi no caminho é que quase tudo o que foi dito sobre o vício está errado – e há uma história muito diferente esperando por nós, se estivermos prontos para ouvi-la.
“Se realmente absorvermos essa nova história, vamos ter que mudar muito mais do que a guerra contra as drogas. Vamos ter que mudar a nós mesmos…
“Experimento 1: “Coloque um rato numa gaiola, sozinho, com duas garrafas de água. Uma tem apenas água. A outra tem água misturada com heroína ou cocaína. Quase toda vez que você executar este experimento, o rato vai se tornar obcecado pela água com droga, e continuará voltando cada vez mais, até se matar.
“Experimento 2: “O Professor Alexander [professor de Psicologia em Vancouver chamado Bruce Alexander] construiu o ‘Parque de Ratos’. É uma gaiola exuberante, onde os ratos teriam bolas coloridas, a melhor comida de rato, túneis para correr e muitos amigos: tudo o que um rato numa cidade poderia querer. O que vai acontecer (Alexander queria saber)?
“No Parque do Rato, todos os ratos, obviamente, experimentaram as duas garrafas de água, porque não sabiam o que estava nelas. Mas o que aconteceu a seguir foi surpreendente.
“Os ratos com uma boa vida não gostaram da água com droga. A maioria deles a evitou, consumindo menos de um quarto das drogas que os ratos isolados utilizaram. Nenhum deles morreu. Enquanto todos os ratos que estavam sozinhos e infelizes tornaram-se utilizadores pesados, nenhum dos ratos que tinha um ambiente feliz fez isso…
“No início, eu pensei que este era apenas um capricho dos ratos, até que descobri que havia – no mesmo tempo que o experimento do Parque dos Ratos – um equivalente humano útil ocorrendo. Ele foi chamado de Guerra do Vietnã. A revista Time relatou que usar heroína era “tão comum como goma de mascar” entre os soldados norte-americanos, e que há uma sólida evidência que sustenta isso: cerca de 20 por cento dos soldados norte-americanos havia se tornado viciado em heroína lá, de acordo com um estudo publicado no Archives of General Psychiatry. Muitas pessoas estavam compreensivelmente apavoradas; elas acreditavam que um grande número de viciados estava prestes a voltar para casa quando a guerra terminou.
“Mas, na verdade, cerca de 95 por cento dos soldados viciados – de acordo com o mesmo estudo – simplesmente parou. Muito poucos se submeteram à reabilitação. Eles passaram de uma gaiola aterrorizante para uma agradável, de modo que não quiseram mais a droga. …
“Experimento 3: “Após a primeira fase do Parque dos Ratos, o Professor Alexander realizou este teste novamente. Ele refez os primeiros experimentos, onde os ratos eram deixados sozinhos, e se tornavam usuários compulsivos da droga. Ele os deixou usá-la por 57 dias – se alguma coisa pode pegar você, é isso. Depois, ele os tirou do isolamento, e os colocou no Parque dos Ratos. Ele queria saber, se você cai no estado de dependência, será que o seu cérebro é sequestrado, de modo que você não pode se recuperar? Será que as drogas o dominam novamente? O que aconteceu é, novamente, impressionante. Os ratos pareciam ter algumas contrações musculares de retirada, mas logo pararam seu uso pesado, e voltaram a ter uma vida normal. A boa gaiola os salvou…
“Aqui está um exemplo de uma experiência que está acontecendo ao seu redor, e pode muito bem acontecer com você um dia. Se você é atropelado hoje e quebra o seu quadril, você provavelmente vai receber diamorfina, o nome médico para a heroína. No hospital a sua volta, haverá muita gente que também recebe heroína por longos períodos, para alívio da dor… Então, se a velha teoria da dependência for correta – são as drogas que causam isso; elas fazem o seu corpo precisar delas – então é óbvio o que deve acontecer. Dúzias de pessoas devem deixar o hospital e tentar “dar um tapa” (usar drogas) nas ruas para atender seu hábito.
Mas eis o que é estranho: isso praticamente nunca acontece. Como o médico canadense Gabor Mate foi o primeiro a me explicar, os usuários médicos simplesmente param, apesar de meses de uso. O mesmo medicamento, utilizado pelo mesmo período de tempo, transforma usuários de rua em viciados desesperados e não afeta pacientes médicos. …
“O viciado de rua é como os ratos na primeira gaiola, isolado, sozinho, com apenas uma fonte de consolo a quem recorrer. O paciente médico é como os ratos no segundo compartimento. Ele está indo para casa para uma vida onde está rodeado de pessoas que ama. A droga é a mesma, mas o ambiente é diferente. …
“Portanto, o oposto do vício não é a sobriedade. É a conexão humana… Ironicamente, a guerra contra as drogas na verdade aumenta todos grandes propulsores do vício. Por exemplo, eu fui a uma prisão no Arizona – ‘Cidade de Tendas’ – onde os presos são detidos em minúsculas gaiolas de isolamento de pedra (‘O Buraco’) por semanas a fio para puni-los pelo uso de drogas. E quando eles saem, vão estar desempregados por causa de sua ficha criminal – garantindo que serão segregados ainda mais…
“Existe uma alternativa. Você pode construir um sistema projetado para ajudar os viciados em drogas a se reconectar com o mundo – e assim deixar para trás os seus vícios.
“Portugal tinha um dos piores problemas de droga na Europa, com um por cento da população viciada em heroína. Eles haviam tentado uma guerra contra as drogas, e o problema estava ficando cada vez pior. Então, eles decidiram fazer algo radicalmente diferente. Eles resolveram descriminalizar todas as drogas, e transferir todo o dinheiro que costumavam gastar em deter e prender os viciados em drogas, e gastá-lo reconectando-os: a seus próprios sentimentos e à sociedade em geral. O passo mais importante é dar-lhes uma habitação segura e empregos subsidiados para que tenham um propósito na vida, e uma razão para sair da cama…
“Isso não é apenas relevante para os viciados que eu amo. É importante para todos nós, porque nos obriga a pensar de forma diferente sobre nós mesmos. Os seres humanos são animais unidos. Nós precisamos nos conectar e amar. A frase mais sábia do século XX foi a de EM Forster: ‘só se conectar’. Mas nós criamos um ambiente e uma cultura que nos separa da conexão, ou oferece apenas a paródia do que oferece a Internet. O aumento da dependência é um sintoma de uma doença mais profunda na maneira como vivemos: constantemente dirigindo nosso olhar para o próximo objeto brilhante que devemos comprar, em vez dos seres humanos ao nosso redor…
“O escritor George Monbiot chamou isso de ‘a idade da solidão…’. Nós precisamos agora falar sobre a recuperação social: como todos nós nos recuperamos, em conjunto, da doença do isolamento que está submersa em nós como uma névoa espessa”.
Restaurar uma boa comunicação mútua entre as pessoas, apesar do nosso egoísmo, é uma panaceia absoluta para todos os nossos males. Assim, através da conquista da unidade, isso nos leva ao mundo superior, à existência eterna e perfeita.
É muito difícil entender o que é o grupo.
Eu sempre fui um solitário, um individualista, não comunicativo por natureza, preferindo a solidão e os livros a tudo o resto: eu não precisava de mais nada na vida.
Aos 33 anos, eu comecei a estudar com o Rabash. Nós não tínhamos um grupo, exceto 6 a 7 homens idosos, com os quais eu estava feliz, como uma criança entre adultos. Mas o Rabash disse que eu precisava de um grupo, e eu pensei: “O que poderia ser melhor do que as pessoas que haviam estudado com o Baal HaSulam e viveram a sua vida junto com o Rabash?”. Afinal de contas, entre eles eu me sentia tão seguro quanto um bebê nos braços dos adultos.
Mas o Rabash dizia: “Não há nada a fazer, você precisa de um grupo”.
Aos poucos, eu comecei a me acostumar com esse sistema, entendendo que esta é a forma como ele é, e não há mais nada. Portanto, nós precisamos ver o que está por trás do nosso mundo e acima dele e que, sem correção, elevando-nos acima deste mundo, não teremos sucesso. Esta é a única forma. Sozinho, você não pode entrar no mundo espiritual.
O Zohar: está escrito sobre o pecador Bilam: “Ele andou em solidão … como uma víbora na estrada”, como uma cobra que rasteja sozinha, e um corvo ao longo de estradas sinuosas. Assim Bilam andou em solidão para fortalecer seu espírito de impureza. Assim é com toda pessoa que anda sozinha, mesmo num lugar de destaque, mesmo numa cidade, em locais conhecidos, ela atrai sobre si mesma o espírito de impureza.
Tudo isto está dizendo-lhe: Una-se com os seus amigos. Os Cabalistas estão a dizer-lhe que você não pode embarcar sozinho no caminho espiritual.