A luz é o fenômeno mais mal interpretado até em nosso
mundo, a despeito de todas as teorias físicas. Foi o RAMBAM que escreveu que todo o nosso universo está abaixo da velocidade da luz, e que acima daquela
velocidade existe um outro mundo.
Numa outra explicação dessa palavra, a
descrevemos como prazer, ou como a iluminação da mente. Mas, se escolho
minhas palavras de acordo com minhas emoções e as passo para outra pessoa, que
por sua vez as interpreta de acordo com sua compreensão, como podemos
comparar as sensações que atribuímos à mesma palavra? Qual é a base comum
através da qual podemos comparar nossas informações sensoriais?
E, porque não
podemos comparar nossas emoções com precisão alguma (e quem sabe se a
psicologia e a psiquiatria chegarão alguma vez a essa compreensão), somos
compelidos a utilizar termos sem antes comparar as emoções que trazem a nós.
Não é necessário que minhas emoções sejam as mesmas que as suas. O que eu faço
desperta algo similar em você... e essa é toda a linguagem dos Cabalistas.
O Criador criou o desejo. Ele não criou nada além do desejo de receber. Na
terminologia da Cabalá ele é chamado de “desejo de receber”, que significa
receber prazer.
Portanto, tudo o que existe é o Criador e o desejo de receber o prazer que
Ele criou. Mas, de receber que prazer? O Próprio Criador? A sensação do Criador
nas criações é sinônima à sensação de prazer. A Cabalá chama esse prazer de
“luz”, o desejo de receber é chamado de “vaso”. Assim, existe o Criador e a
criatura, o desejo de receber e o prazer, a luz e o vaso.
O Livro Aberto, Dr. Michael Laitman