Eu pesquisei essa pergunta no google: “Por que as judias ortodoxas casadas cobrem o cabelo?”. Isto é o que eu encontrei:
“De acordo com O Zohar e a Cabalá, o misticismo judaico, a mulher é considerada Malchut, ou o “vaso”. O homem é considerado Zeir Anpin, ou “quem atrai a luz e a energia”. Quando um homem e uma mulher judeus se casam, suas neshamot (almas) tornam-se uma e criam um sistema completo. Universalmente falando, o homem atrai a luz do universo, e a mulher é o vaso para onde esta Luz vai: para ela, seu marido e os filhos que eles têm juntos.
Como ela maneja essa energia? Através do seu cabelo. O cabelo de uma mulher em sua cabeça (e os cabelos de um homem em sua barba e em certas partes de sua cabeça) age como condutor para esta Luz e esta energia. Ao cobrir o cabelo em sua cabeça a mulher está manejando esta energia, contendo-a e, basicamente, “guardando-a” para sua família. Quando ela não cobre seus cabelos, esta energia pode escapar ou tornar-se incontrolável, trazendo desafios para ela e sua família”.
Isso é algo que existe na Cabalá autêntica, e se existe, você pode, por favor, explicar o que realmente significa? Será que uma mulher precisa cobrir o seu cabelo? E se precisa, onde posso ler sobre isso nos textos?
Eu pensei que nós não deveríamos associar o nosso verdadeiro eu com o nosso corpo, porque este é apenas matéria? Então, qual é a razão para estas “estranhas” regras sobre células mortas da pele?
Infelizmente, os livros são escritos por pessoas sem instrução Cabalística, e é por isso que elas compreendem os textos Cabalísticos de forma literal, como se eles falassem das pessoas em nosso mundo, e não das almas. Isso se refere apenas ao desejo, a única coisa que foi criada, e sua correção por meio da tela ou intenção.
Não há nada na natureza, exceto duas forças —negativa e positiva — e todos os microelementos são resultado dessas forças. Tudo se baseia nas combinações certas entre elas: uma força apoia a outra e a expõe em doação mútua. É assim como o corpo de uma pessoa, a aparência e os atributos são feitos…
Há uma parte no TES (O Estudo das Dez Sefirot) chamada “As 13 Correções de Dikna (barba)”. Este pelo não é apenas uma outra camada, já que nos animais pode aparecer em diferentes formas, como escamas de peixe, conchas, penas, etc.
Por que o pelo cresce no rosto de um homem e não no rosto de uma mulher? Por que o pelo de um homem tem diferentes formas na cabeça: costeletas, bigode, bigode dividido, a parte inferior da barba, a parte superior da barba, etc.?
Todos esses atributos resultam da interação entre as duas forças, que é muito importante, já que a cabeça, nosso microprocessador, é onde todos os problemas são resolvidos. Portanto, o TES nos fala sobre estas duas forças e sobre a interação entre elas. Os problemas que são descritos na Torá com respeito ao pelo e os problemas de perda de cabelo, por que as mulheres têm que cobrir o seu cabelo e por que os homens têm permissão para cortar o cabelo na sua cabeça, mas não sua barba, significam que todos esses hábitos são baseados com precisão.
Por que só homens têm barba e bigode e as mulheres não?
É porque um homem executa as correções. A palavra “cabelos” – “Se’arot” deriva da palavra hebraica “tempestade” – “Sauer“, que significa excitado e pronto para agir. Esse atributo é expresso nos homens ao se avançar pelas revelações, estudando e realizando. As mulheres são mais estáticas.
Portanto, homens e mulheres têm cabelo na cabeça e só os homens têm cabelo que flui para baixo. Além disso, a parte superior da barba se espalha para o peito e a parte inferior até a cintura.
O costume de não cortar a barba existe em todas as religiões, porque é retirado do Antigo Testamento.
O que simboliza o costume judaico de uma mulher que cobre o cabelo em sua cabeça?
Cobrir a cabeça é uma tradição que vem de fontes Cabalísticas superiores. O cabelo de uma mulher é considerado inadequado e inapropriado para um estranho. Mas isso não se aplica a moças solteiras, porque elas usavam o cabelo solto o tempo todo. As mulheres casadas cortavam o cabelo curto e usavam um lenço sobre a cabeça, que sempre foi considerado um sinal de modéstia e virtude.