"'E escolhe a vida.' O Tana Rabi Ismael, é uma arte. Daqui, disseram os sábios, A pessoa deve ensinar aos seus filhos uma arte. Se ela não o ensinar, ela deve ensinar a si mesma. Qual é o motivo? Para que tu vivas, está escrito'" (Talmude de Jerusalém, Kidushin, Capítulo 1, Regra 7).
Significa isto que é um Mitsvá [mandamento] aprender uma arte e isso cai na categoria de "Escolhe a vida." portanto, por que há tal ordem no seminário que cada um dos estudantes no seminário aprende uma arte e por que é que a gestão do seminário não cuida isso?
Está escrito em Kidushin (p 30b), "Como sabemos sobre lhe ensinar uma arte? Rabi Chizkiyá disse, ele chamou 'Vê a vida com a mulher que haveis amado.' Se é mulher, uma mulher de verdade. Tal como ele o deve casar com uma esposa, também ele lhe deve ensinar uma arte. Se é Torá, tal como ele deve ensinar-lhe a Torá, também ele lhe deve ensinar uma arte." Então por que não se importam eles com isto?
Está escrito no Tosfot, Capítulo, Kama de Kidushin: "Rabi Yosi, filho de Rabi Eliezer, diz em nome de Raban Ben Gamliel, 'Qualquer um que tenha dominado uma arte é como uma vinha com cerca onde bestas e animais não podem entrar e os transeuntes não podem entrar ou ver o que está lá dentro.'"
Devemos questionar, Qual é a conexão entre uma arte e uma vinha com cerca onde animais e bestas não podem entrar? Também, o que significa que transeuntes não possam lá entrar? Como é que uma arte ajuda nisto? Também, o facto de não conseguirem ver aquilo que está no interior, porque importaria se eles conseguissem realmente ver o interior, tanto que valha a pena se engajar numa arte em vez da Torá?
Está escrito em Kidushin (29a): "Diz Rabi Yehuda, 'Qualquer um que não ensine ao seu filho uma arte, lhe ensina a ser ladrão.'" Parece do Talmude de Jerusalém que isso cai na categoria de "Fazer!" do versículo, "Escolhe a vida" e para Rabi Chizkiyá é do versículo, "Ver uma vida" e de Rabi Yehuda parece que ele vai transgredir o "Não roubarás," como ele disse, "É como se ele o ensinasse a roubar."
Sobre a arte, descobrimos uma disputa nas palavras de nossos sábios: "Bar Kafra disse, 'A pessoa sempre deve ensinar ao seu filho uma arte limpa e fácil.' O que é? Rabi Yehuda disse, 'uma agulha de sulcos,'" Interpreta RASHI, "Uma agulha de sulcos, cujos pontos são feitos em sulcos, linhas, como os sulcos de arar" (Kidushin 82a).
Mais tarde na Guemará, "Diz Rabi Tania, 'Nenhuma arte passa do mundo (ou seja que tudo é por um propósito). Feliz é aquele que vê seus pais em boa arte; ai daquele que vê seus pais em arte maculada.'"
O mundo não pode ser sem perfume e sem curtimento [arte de odor nauseabundo]. Feliz é aquele cuja arte é um perfume; ai daquele cuja arte é curtimento. O mundo não pode ser sem machos e sem fêmeas. Feliz é aquele cujos filhos são machos; ai daquele cujos filhos são fêmeas.
Devemos questionar, 1) Por que começa ele com seus pais, depois consigo mesmo e finalmente com seus filhos? 2) O que significa quando ele diz, "Feliz é aquele cujos pais..."? O que isso nos vem para ensinar? Afinal, ele não consegue corrigir seus pais. Sucede-se que ele está a lamentar pelo passado, enquanto nossos sábios nos ensinam que aquilo que devemos corrigir é relativo somente ao presente e ao futuro e não ao passado.
"Rabi Nehorai diz, 'Eu renuncio a toda a arte no mundo e ensino a meu filho somente a Torá, pois qualquer arte no mundo se firma somente durante sua juventude, mas quando ele for velho, ele é jogado para a fome. Mas com a Torá assim não é, ela se firma com o homem quando ele é jovem e lhe dá um propósito e esperança quando ele é velho.'"
RASHI interpretou que qualquer arte não produz recompensa passado algum tempo, mas que sua recompensa é nessa hora. Mas a recompensa da Torá vem por si mesma com o tempo e até um homem doente ou velho que não se consiga engajar nela agora, come do passado (Kidushin 82a).
Devemos questionar, Qual é a recompensa que a pessoa tem se ela se engajar na Torá quando ela é criança a mesma que quando ela é velha, que possamos dizer que ela a vai sustentar? Além do mais, segundo o supracitado, isso implica que ela está a explorar a Torá, contra as palavras de nossos sábios (Avot 4). Devemos interpretar tudo o citado, como nos ensinam nossos sábios a como percorrer os caminhos do trabalho.
Mas antes de elucidarmos tudo o citado, devemos entender a questão do propósito da criação pelo qual o homem foi criado. É explicado nos livros sagrados que a razão é em prol de deleitar as Suas criaturas, uma vez que é da conduta do bom praticar o bem.
Também, é explicado no Midrash Raba (Beresheet, Capítulo 8), "Os anjos ministradores disseram para o Criador, ''O que é o homem para que te lembres dele e o filho do homem para que te importes com ele?' Por que precisas Tu deste problema?' Há uma alegoria sobre um rei que tinha uma torre cheia de abundância mas sem convidados. Que prazer tem o rei? Eles disseram para Ele, 'Mestre do mundo, faz aquilo que Te agradar.'"
Isto explica que a razão para a criação do home foi que o Criador lhes queria fazer bem. Foi por isso que Ele criou as criaturas e sobre isto eles questionaram, Se o propósito é fazer o bem, por que sofrem as criaturas tormentos e tristeza e não estão a receber o deleite e prazer que o Criador lhes deseja dar?
Explica o Zohar, "Aquele que come aquilo que não lhe pertencem tem medo que olhar para a sua face." ou seja, em todo o presente gratuito está o defeito da vergonha.
Em prol de não ter o pão da vergonha, ou seja para que o presente do Criador seja completo e sem qualquer defeito, Ele nos deu um lugar para trabalhar, que é chamado "o trabalho da escolha." Através dele, nós podemos receber toda nossa abundância do Criador sem qualquer vergonha.
Quando a pessoa observa Torá e Mitsvot [mandamentos], quando ela ainda não sente qualquer sabor no trabalho, ela deve observar tudo somente pelo meio da fé, dado que quando a orientação do mundo está em ocultação da face, é possível observar a Torá e Mitsvot na base da fé.
Em tal altura, há a questão da escolha, de desprezar o mal e escolher o bem. Ao tomar a escolha, a pessoa consegue se corrigir para que possa fazer todo seu trabalho não em prol de receber recompensa, mas somente com a direcção pelo bem do Criador.
Quando a pessoa não sente qualquer sabor no trabalho, ela se torna acostumada a fazer coisas até sem recompensa. Assim, posteriormente, quando ela é recompensada com a recepção do interior da Torá e é recompensada com a luz do prazer, quando ela estiver num estado da revelação da face, ainda assim ela será capaz de receber estes prazeres somente por causa do Mitsvá [singular de Mitsvot].
Ou seja, é a meta do Criador que o homem receba os prazeres superiores, pois este foi o propósito da criação, mas não para seu benefício pessoal. Isto é, ele não quer receber os prazeres para se agradar a si mesmo. Em vez disso, sua direcção é receber em prol de doar. Este foi o inteiro propósito de fazer um lugar de ocultação.
Assim, durante a ocultação há espaço para trabalhar e assumir sobre si mesmo o temor aos céus "como um boi para o fardo e como um burro para a carga" em prol de se acostumar a servir ao Criador não em prol de receber recompensa.
Segundo o citado, o principal trabalho que nos foi dado é fé, que é a qualidade de temor aos céus. Obter temor aos céus é uma grande coisa, como disseram nossos sábios, "Será o temor aos céus coisa tão pequena?" (Berachot 33b).
Significa isto que primeiro devemos aprender o que é o temor aos céus e depois há trabalho para assumir sobre si mesmo o temor aos céus. Como foi dito, eles disseram que "Para Moisés, é uma coisa pequena," ou seja um pouco menor que o grau de Moisés que é uma grande coisa embora nós não consigamos entender como pode ser que o temor aos céus seja uma coisa tão grande.
Afinal, quem não tem temor aos céus? Até se a pessoa só rezar uma vez por dia e comer comida kosher, já dizemos sobre ela que ela tem temor aos céus. Assim, aqui devemos dizer que nossos sábios sabiam qual era o verdadeiro temor aos céus; portanto, eles determinaram e disseram que isto é uma grande coisa, enquanto que primeiro devemos aprender o que é o temor aos céus, que seja uma coisa tão grande que disseram nossos sábios, "No final, tudo tendo sido escutado, teme a Deus e mantém Seus mandamentos, pois isto é todo o homem." O que é "pois isto é todo o homem"? Disse Rabi Elazar, 'O Criador disse, 'O mundo inteiro foi criado somente para isto; isto é igual ao mundo inteiro - o mundo inteiro foi criado somente para ordenar a isto''" (Berachot 6b).
Significa isto que toda nossa vida depende da fé no Criador, uma vez que isto é chamado o Kli [vaso] pelo qual podemos adquirir todas as coisas no nosso mundo, onde nos foi dado o trabalho em Torá e Mitsvot. Tudo depende da medida de fé que podemos adquirir.
Com isto podemos entender aquilo que disseram nossos sábios, como interpretou RASHI, "O Criador considerou-o para Abraão como um mérito e Tzedacá [rectidão/caridade],” pela fé que ele tinha Nele. Devemos entender por que a fé é chamada Tzedacá e qual é a conexão entre Tzedacá e fé.
Se a pessoa trabalha em prol de doar e não em prol de receber para seu próprio prazer, isso é semelhante a aquele que dá ao seu amigo cem livras sem querer coisa alguma em retorno pelas cem libras, ou alguém que dá ao seu amigo cem libras e em retorno quer um fato ou um armário. Ninguém dirá sobre aquela que dá cem libras em retorno por um fato que ela é muito generosa e que tem um coração bondoso que consegue dar a um comerciante cem libras, enquanto que ela recebe uma recompensa em retorno pelo esforço.
Mas quando uma pessoa dá ao seu amigo cem libras e não quer coisa alguma em troca, ela certamente tem um coração bondoso e quer dar Tzedacá.
Portanto, aquele que serve ao Criador na base da fé, seu trabalho é não em prol de receber recompensa. Inversamente, se sua base não for a fé, então ele pertence especificamente a aqueles que querem receber recompensa pelo trabalho, uma vez que ele sempre se quer livrar da fé e trabalhar somente por conhecimento.
Ao servir o Criador em doação e não em prol de receber qualquer recompensa, isto é chamado Dvekut [adesão] com o Criador, ou seja que com isto ficamos aderidos à Vida das Vidas, como disseram nossos sábios, "Apega-te aos Seus atributos, tal como Ele é misericordioso, também tu sê misericordioso" (Shabat 133b). Ou seja, tal como o Criador doa sobre os inferiores, também o homem deve trabalhar em prol de doar.
Quando a pessoa chegou a um estado em que ela possa servir ao Criador com esta direcção, ela é recompensada com os prazeres espirituais que o Criador contemplara com Sua meta de fazer o bem às Suas criações, pois então o presente que o Criador dá é inteiro, sem o defeito do pão da vergonha nele. É como disseram nossos sábios, "Diz Rabi Meir, 'Aquele que aprende Torá Lishmá [pelo Seu bem] (com a direcção de doar) é recompensado com muitas coisas’” (Pirkei Avot, Capítulo 6).
Fé é também chamada um Mitsvá. Há Torá e há Mitsvá, como interpretou Baal HaSulam as palavras de nossos sábios, "Se ele realizar um Mitsvá, feliz é ele, pois ele se sentenciou a si e ao mundo para o lado do mérito" (Kidushin 40b) e um Mitsvá significa fé. Segundo o citado, fé, temor aos céus e um Mitsvá são a mesma coisa, mas cada um aponta para uma forma diferente.
Agora podemos interpretar o supracitado, que aquilo que o Talmude de Jerusalém trás em nome de Rabi Ismael, "Escolhe a vida - isto é uma arte," que ele deve ensinar ao seu filho uma arte, que isso se refere à fé. Esta questão é chamada "arte," uma vez que este é um grande aprendizado, como disseram nossos sábios, "É o temor uma questão trivial?"
O termo "arte" refere-se principalmente a alguma coisa que dependa de acções, mas aquele que aprende certa ciência, medicina, ou engenharia, ou uma qualidade, isto é chamado "sabedoria" e não "arte," dado que isso é relativo ao cérebro e não ao resto dos órgãos.
Assim, dado que a questão da fé é a qualidade de acima da razão, que é contra a mente, pois uma pessoa pode falar da fé precisamente onde a mente não alcança e isto é somente pela força, que é a aceitação do fardo do reino dos céus pela força, "como um boi para o fardo e como um burro para a carga." Por esta razão, a fé é chamada de "arte."
Aqui vem a questão da escolha no versículo, "Escolhe a vida." O pai deve ensinar ao seu filho a sua arte e se não o fizer, ele se deve ensinar a si mesmo. Qual é a razão? "Para que possas viver," ou seja que é impossível receber a vida da Torá sem fé.
Também, deste modo podemos interpretar aquilo que disse Rabi Chizkiyá, que a obrigação de ensinar ao seu filho vem do versículo, "Ver uma vida com a esposa," ou seja que é impossível ser recompensado com a vida sem o mandamento da fé, dado que especificamente através da fé é ele recompensado com a adesão à Vida das Vidas. Naturalmente, ele tem vida ao aderir à vida, uma vez que Torá sem fé não é considerada vida.
Foi por isso que ele disse que lhe deve ensinar a Torá, então ele tem de ensinar-lhe a arte, uma vez que a Torá é a base da fé, é impossível sentir a vida nela e depois vemos que ela é na conduta de "pois isto é tua vida e a duração de teus dias."
Segundo o que está acima, podemos interpretar aquilo que está escrito no supracitado Tosfot, que diz, "Qualquer um que tenha dominado uma arte é como uma vinha com cerca." Perguntávamos qual a conexão entre uma cerca e uma arte. Devemos interpretar que arte é fé, uma vez que aquele que tem fé, é como se ele tivesse uma vinha com cerca, onde "vinha" se refere à "vinha do Senhor dos Exércitos," ou seja à espiritualidade na pessoa.
Nessa altura, se ela tiver fé, é como uma cerca que a guarda de todas as coisas que a possam prejudicar, dado que as coisas que prejudicam a espiritualidade da pessoa são pensamentos estranhos e más vontades, que é considerado que uma besta e um animal entraram nela.
A fé guarda-a de todas as questões e de todas as paixões do mal, que são chamadas "uma besta"; são questões que são do trabalho de uma besta. Também, maus animais, que não são de Kedushá [santidade], não podem entrar quando a pessoa assumiu sobre si o fardo da fé, "transeuntes não podem entrar nela.”
Ou seja, essas são as pessoas que sempre quebram os Mitsvot e se arrependem. Elas não se conseguem agarrar a uma pessoa que tenha fé porque elas não vêem o que está dentro dela, uma vez que aquele que é cauteloso de que seu trabalho seja sempre em fé, trabalha em ocultação e então sua intenção é invisível.
Quando uma pessoa trabalha em Lo Lishma, é possível ver sua intenção porque ela quer recompensa pelo trabalho. Mas aquele cujo trabalho é na base da fé, seu pensamento está coberto e não é revelado para ninguém, então não pode haver um apoio para os externos no seu trabalho.
Devemos interpretar similarmente aquilo que disse Rabi Yehuda, "Qualquer um que não ensine ao seu filho uma arte, é como se ele o ensinasse a ser ladrão." Disseram nossos sábios, "Qualquer um que desfrute neste mundo sem uma bênção, é como se ele roubasse o Criador e a assembleia de Israel, como foi dito, "Aquele que rouba seu pai e sua mãe e diz, 'não há crime,' é amigo de um homem destruidor." Rabi Hanina filho de Rabi Papa disse, "Ele é amigo de Jeroboão filho de Nebate, que destruiu o mundo para seu pai no céu" (Berachot 35).
Devemos entender a conexão entre um ladrão e Jeroboão filho de Nebate e por que aquele que desfruta sem uma bênção é considerado ladrão. Qual é a conexão entre roubar e uma bênção? A questão é que o propósito da criação é fazer o bem às Suas criações. Em prol de não ter o pão da vergonha, o lugar de ocultação foi feito, para que o homem fosse capaz de receber o prazer em prol de doar ao Criador. Desta maneira, não haverá qualquer defeito no presente do Criador, como disseram nossos sábios, "A vaca quer alimentar mais que o bezerro quer mamar” (Pesachim 112a).
Porém, enquanto a pessoa não estiver pronta para receber, a abundância não vem para os inferiores. Assim, aquele que desfruta deste mundo deve fazer com a direcção de abençoar ao Criador. Ou seja, a direcção não deve ser que ele queira desfrutar, mas que ele quer abençoar ao Criador.
Nessa altura, o Criador dá a abundância superior à assembleia de Israel, como disseram nossos sábios, "Aquele que realiza um Mitsvá, feliz é ele, pois ele se sentenciou e ao mundo inteiro para o lado do mérito” (Kidushin 40b). Por outras palavras, realizando o Mitsvá, ele faz com que o Criador doe sobre a assembleia de Israel. Este é o significado de "sentencia o mundo inteiro para o lado de mérito."
Acontece que quando a pessoa desfruta neste mundo sem uma bênção, sem a direcção de abençoar o Criador, por causa disto, o Criador não doa sobre a assembleia de Israel, uma vez que a direcção pelo bem do Criador está em falta.
Portanto, esta pessoa rouba o Criador e a assembleia de Israel por não abençoar e por querer desfrutar somente para si mesma e não pelo bem do Criador. Por esta razão, ela se torna "amiga de um homem destruidor," Jeroboão filhod e Nebate, que "destruiu o mundo para seu pai nos céus."
Tudo isto é porque eles careciam da fé no Criador. Foi por isso que Rabi Yehuda disse, "Qualquer um que não ensine ao seu filho uma arte, é como se ele o ensinasse a ser ladrão," ou seja que é como se ele o ensinasse a roubar o Criador e a assembleia de Israel. Assim, há uma rígida obrigação de ensinar a questão da fé, uma vez que somente com isto é possível alcançar a completa plenitude.
De tudo o citado, podemos explicar a medida que eles deram para aprender a arte em si. Bar Kafra diz, "A pessoa sempre deve ensinar ao seu filho uma arte limpa e fácil." Rabi Yehuda interpreta que isso é "uma agulha de sulcos." Na interpretação de RASHI, "Uma agulha de sulcos, cujos pontos são feitos de sulcos, linhas, como os sulcos de arar."
Portanto vemos que costura é em prol de conectar duas coisas separadas para que elas se tornem uma. Significa isto que uma pessoa deve alcançar equivalência com o Criador, ou seja Dvekut [adesão], como está escrito, "E te apegares a Ele," como ele interpretou, como os sulcos de arar, ou seja transformar a poeira que estava em baixo e fazê-la ficar por cima e aquilo que estava por cima fazê-lo ficar por baixo.
Assim é o homem. Há dois desejos nele: 1) uma boa vontade, de ter fé, e 2) uma má vontade, quando ele só quer receber para seu próprio bem e não ter fé no Criador. Quando a pessoa nasce, por natureza, a boa vontade é de importância inferior para ela e ela não quer usá-la, uma vez que é repugnante usar tal desejo.
Respectivamente, a má vontade é de importância superior e onde quer que ela possa usá-la, ela está em absoluta euforia. Ou seja, quando ela consegue satisfazer a má vontade nela, ela não tem estado mais alto que este, uma vez que tudo aquilo que ela deseja é satisfazer o mal dentro dela.
Assim, a pessoa que quer se apegar ao seu Fazedor deve igualar os atributos, como disseram nossos sábios, "Apega-te aos Seus atributos, como Ele é misericordioso" (Shabat 133b). Por outras palavras, tal como o Criador só quer doar aos inferiores, o homem também, deve zelar para que ele queira doar somente ao Criador e não queira receber para seu próprio prazer. Este é todo o propósito do homem no seu trabalho na equivalência de atributos.
Logo, o homem deve inverter os atributos dentro dele, semelhante a lavrar, para que aquilo que anteriormente estava por cima, ou seja a má vontade, agora esteja por baixo e cada vez que ele está prestes a usar a má vontade nele, ele sinta que a considera repugnante e baixa.
Respectivamente, a boa vontade, que anteriormente era de importância inferior, agora esteja num estado de "acima," então cada vez que ele possa fazer coisas pelo bem do Criador, ele deve sentir que tal estado é uma subida para ele, uma vez que com isto ele vai chegar a se apegar a Ele.
Isto é somente pela fé. É por isso que a fé é chamada "arte limpa e fácil." Ela é "limpa" porque não deve haver qualquer mistura de benefício pessoal lá, mas somente pelo bem do Criador, uma vez que quando uma pessoa acredita na grandeza do Criador, ela não tem desejo ou anseio outro que aderir a Ele todo o dia e toda a noite. É por isso que ela é chamada de "limpa", ou seja somente pelo bem do Criador.
Porém, antes da pessoa ser recompensada com o consentimento do seu corpo com o trabalho da fé, este trabalho é considerado humildade, uma vez que ela não consegue ver ninguém que a respeite quando ela trabalha somente pelo bem do Criador.
Nessa altura, ela deve ver que o seu trabalho é em ocultação, dado que inversamente seu trabalho não poderia ser limpo porque enquanto seu trabalho for com excitação, suas acções certamente seriam louvadas e com isto, a questão do respeito iria interferir, que os outros a respeitariam com isto.
Portanto, quando ela não quer ter misturas, ela deve trabalhar em ocultação e depois ela não vai receber qualquer respeito disto. É por isso que o trabalho limpo é desprezível aos seus olhos. Também, Kala [fácil/leve] vem da palavra Niklé [desprezível], ou seja desprezado.
Também, trabalho limpo é desprezado porque a pessoa não consegue tolerar a fé acima da razão, dado que por natureza, a pessoa valoriza aquilo que ela percebe na mente quando a razão a obriga.
Respectivamente, ir contra a razão é desprezível porque tal trabalho é chamado "ingénuo," como disseram nossos sábios sobre o versículo, "Quem é ingénuo? Deixem-o vir até aqui." Isto é Moisés, relativo à fé, dado que Moisés é chamado "o fiel pastor," que tinha fé e plantou a fé no todo de Israel.
Deste modo, devemos interpretar as palavras do Rabi, "Nenhuma arte falece do mundo." Interpretou RASHI, seja repugnante ou limpa, uma vez que a visão de Rabi é que o mundo inteiro não pode fazer trabalho limpo, ou seja que especificamente aquele que está inclinado para o trabalho da verdade é capaz de fazer trabalho limpo onde lá não hajam misturas de Lo Lishma [não pelo Seu bem].
Respectivamente, os pensamentos da maioria do mundo andam à roda da visão do mundo. Eles não têm uma mente forte ou um desejo forte para que se possam esforçar e tenham o poder para obter aquilo que querem. Em vez disso, eles trabalham para o público geral e aquilo que o público geral os obriga, eles fazem. Eles não têm permissão para fazer no mundo aquilo que eles entendem e querem, mas são em vez disso dependentes da visão do público.
Por esta razão, quando certo Mitsvá é dado ao público geral, devemos ver que o público geral o consegue observar.
É por isso que Rabi diz, "Nenhuma arte falece do mundo," mas o mais importante é que a pessoa assuma sobre si o fardo do reino dos céus seja limpo, ou seja inteiramente pelo bem do Criador, ou repugnante, ou seja com misturadas de não pelo bem do Criador, uma vez que qualquer arte é necessária porque de Lo Lishma chegamos a Lishma.
Disseram nossos sábios, "Mil pessoas entram na Bíblia [Pentateuco]… e uma sai para ensinar" (VaYikra Raba, Capítulo 2:1). Significa isto que com mil entrarem, isso possibilita que uma saia para ensinar. Foi isto que disse Rabi, "Nenhuma arte falece do mundo."
Contudo, "Feliz é aquele que vê seus pais em boa arte." "Seus pais" significa pensamentos, ou uma vez que antes de toda a acção, deve haver um pensamento e causa que a precede e essa é a razão que o faz fazer essa coisa. Assim, "seus pais" são o pensamento que o fazem observar Torá e Mitsvot.
"Boa arte" significa que aquela que trás a pessoa à meta pela qual ela foi criada - se engajar em Torá e Mitsvot pelo bem do Criador - pela qual ela será recompensada com a recepção do deleite e prazer que o Criador contemplou dar.
Nessa altura, ela se sentirá feliz por causa de tudo aquilo que ela adquiriu através do seu trabalho em Torá e Mitsvot. Mas se o pensamento não for pelo bem do Criador, ela não consegue alcançar a meta e sucede-se que sua arte é maculada.
Foi por isso que Rabi disse, "Ai daquele que vê seus pais em arte maculada." Porque sua fé está misturada em Lo Lishma, esta fé é maculada. Portanto, devemos tentar fazer os pais, ou seja a causa, serem pelo bem do Criador.
Com isto, vamos entender as palavras de nossos sábios, "Feilz é aquele que vê seus pais em boa arte." Perguntavamos, Mas isto é algo que ele não consegue corrigir, uma vez que se ele nasceu de tais pais, que pode ele fazer? Segundo o citado, tudo está bem, pois isso é relativo a ele mesmo, que ele deve tentar que o pensamento e a causa de Torá e Mitsvot sejam com a direcção pelo bem do Criador.
Desta maneira, está escrito no Zohar, Shemot, "O mundo existe somente pelo odor." E deste modo, devemos interpretar, "O mundo não pode ser sem perfume e sem curtimento."
"Perfume" refere-se aos perfumes, cuja fragrância sobe de baixo para cima. Sua arte deve ser com a meta de doar contentamento acima, pois a pessoa é considerada abaixo e o Criador é considerado acima. Sucede-se que o homem envia todos seus prazeres para o Criador, que está no alto.
"Curtimento" é o processamento do cabedal, que emite grande fedor. Isto significa que quando ele vê que seu trabalho será Lo Lishma, ainda assim ele se deve engajar no trabalho somente pelo bem do Criador, o trabalho torna-se repugnante para ele e fede aos seus olhos.
Num lugar onde deve haver prazer, quando ele vê que agora tem uma chance de trabalhar pelo bem do Criador, ele não consegue fazer isto. Assim, num estado onde ele não vê retorno pelo seu trabalho, ele sente peso e ociosidade e humildade e seu coração está zangado e incomodado.
Por esta razão, embora seu trabalho não seja com a direcção pelo bem do Criador, ele ainda carece da alegria e felicidade de dar contentamento ao Criador.
Embora "seja impossível sem curtimento," ou seja que o homem deve chegar a tal estado, dado que este lugar é a passagem entre Lishma e Lo Lishma, mas ai daquele que permanece nesse lugar, que é uma paragem intermédia e não continua na direcção da meta de querer agradar ao Criador.
Ele interpreta mais e diz, "O mundo não pode ser sem machos e fêmeas." "Feliz é aquele cujos filhos são machos e ai daquele cujos filhos são fêmeas." A famosa questão é, O que significa que seus filhos são fêmeas?
Devemos dizer que sabemos dos livros daqueles que têm temor que o dador e doador são chamados "macho" e o receptor e carente são chamados "fêmea." Este é o significado daquilo que ele diz, que o mundo não pode ser sem machos nem fêmeas, ou seja que deve haver um estado de Lo Lishma no mundo, considerado receber prazer para benefício pessoal. Inversamente, é impossível começar a se engajar em Torá e Mitsvot.
Por vezes a razão é o Lo Lishma, mas durante a acção, ele chega a pensamentos de arrependimento e realiza o Mitsvá com a direcção pelo bem do Criador, ou seja que sua meta é doar contentamento sobre seu Fazedor. Isto é considerado que "seus filhos são machos." Por esta razão, ele diz, "Ai daquele cujos filhos são fêmeas," ou seja que as coisas que ele faz sejam também com a meta de receber recompensa, que é considerado que seus filhos são fêmeas.
"Diz Rabi Nehorai, 'Eu abdico de toda a arte no mundo e ensino ao meu filho somente a Torá.'" Ele não se refere ao modo pelo qual o público geral se deve comportar, mas em vez disso fala do seu próprio grau, que ele foi recompensado com temor aos céus permanente. É por isso que ele diz que abdica todas as artes, ou seja que agora ele abandona a fé maculada e a boa fé, ou seja que ele abandonou dois tipos de fé. Em vez disso, agora ele ensina ao seu filho, ou seja sua acção, chamada "filho," somente a Torá.
Explica ele que a razão é que "Qualquer arte no mundo se firma somente durante sua juventude." Interpreta RASHI que "Qualquer arte não produz recompensa passado algum tempo, mas sua recompensa é nessa hora."
Fé é chamada de Mitsvá e a aceitação do fardo do reino dos céus é um Mitsvá. Disseram nossos sábios, "Um Mitsvá protege e salva enquanto se engajando nele. A Torá protege e salva enquanto se engajando nela e quando não se engajando nela." (Sota 21b). A diferença entre Torá e Mitsvá é que vemos que na Torá, uma pessoa se pode lembrar e usar aquilo que ela aprendeu no dia anterior ou até antes, ou repetir as regras que ela aprendeu de modo a saber como se comportar segundo aquilo que ela aprendeu anteriormente. Por esta razão, a Torá protege e salva até enquanto não se engaja nela, dado que ele se consegue lembrar aquilo que aprendeu há algum tempo atrás.
Mas a fé, que é um Mitsvá, é relativa somente enquanto se engaja nela, dado que cada vez a pessoa assume sobre si o fardo da aceitação do reino dos céus, esse é um Mitsvá e um Mitsvá é uma acção. Não há lembrança aqui, como com a Torá; em vez disso, cada acção vale por si mesma.
Assim, durante o facto, ele protege e salva e ele não pode dizer que se lembra que assumiu sobre si o fardo da aceitação do reino dos céus há algum tempo atrás, dado que isto não o vai ajudar. Em vez disso, em qualquer dado momento, ele precisa de fé e não pode ser dito que agora ele não precisa do fardo da fé.
Portanto, cada aceitação é um novo Mitsvá. É por isso que a fé é chamada "juventude" e "infância," dado que "velhice" é relativa a alguma coisa que tomou lugar há algum tempo atrás. Mas uma vez que o fardo da fé deve ser sempre renovado, não pode haver velhice nela e ela é sempre chamada "jovem."
É por isso que ele diz, "abdiquei," uma vez que esta está com ele somente na sua juventude, uma vez que a fé protege e salva somente enquanto se engaja nela. Como interpretou RASHI, "Qualquer arte não produz recompensa passado algum tempo, mas sua recompensa é nessa hora," ou seja que ela protege e salva somente enquanto se engaja nela.
Mas com a Torá assim não é. Em vez disso, ela assiste à pessoa na sua juventude e dá-lhe esperança quando ela é velha. Como interpretou RASHI, "Mas a recompensa da Torá vem sozinha com o tempo e até um homem doente ou idoso que não se engajam nela, comem do passado."
Por outras palavras, a Torá protege e salva até enquanto não se engaja nela. É por isso que ele interpreta que ela o ajuda na sua juventude, ou seja quando ele se engaja e lhe dá esperança quando ele é velho, quando ele não se engaja nela.
"Até um homem velho ou idoso que não se engajam nela, comem do passado." Significa isto que ela protege e salva até enquanto não se engaja nela. Foi por isso que Rabi Nehorai disse que ele mesmo faz isso, uma vez que ele já assumiu sobre si a questão da fé permanente. Por esta razão, ele diz, "Eu abdiquei de toda a arte," uma vez que ele foi recompensado com este grau permanentemente, ao contrário do resto das pessoas.
***
Disse o Rabi Elazar, "Todos os artesãos no mundo estão destinados a ficar no chão, como foi dito, 'E descerão dos seus navios e todos os remadores ficarão na terra.' Disse Rabi Elazar, 'Não há arte mais inferior para a terra, como foi dito e eles desceram'" (Yevamot 63).
Devemos questionar, Se o trabalho da terra é uma arte inferior, por que disse Rabi Elazar, "destinados a," ou seja que no final, eles terão boa arte, todavia ele deduz que essa será uma arte inferior?
Devemos interpretar que a fé é chamada "leve" [ou "fácil"], ou seja inferior, porque para o homem, a fé acima da razão não é importante. É por isso que é difícil trabalhar. Mas no futuro, eles serão recompensados com esta fé limpa.
Disseram nossos sábios, "Nos dias do Messias, os prosélitos não serão aceites, tal como os prosélitos não eram aceites nos dias de David e nos dias de Salomão. Rabi Eliezer disse, 'O que diz o versículo? Pois ele seguramente temerá (aquele que vem para se converter), 'aquele que não está Comigo' (enquanto nós não estamos contigo, ele se converterá, ou seja neste mundo). 'Quem quer que te assalte cairá por tua causa' (quem quer que te ataque enquanto és pobre cairá por causa de ti no mundo vindouro) (Isaías 54), mas outro não cairá.'" (Yevamot 24b).
O Tosfot pergunta, "Eles não aceitaram prosélitos nos dias de David? Então e Itai o Geteu e a filha de Faraó, pois nos dias de Salomão não há questão; ele é a razão e eles não precisam da mesa do rei.
E os gibeonitas se converteram sozinhos, como nos dias de Ester, "E muitos dos povos da terra se tornaram judeus" e daquele que foi até Hilel ... Hilel estava certo que até se for pelo bem do Criador e aquele que chegou e disse, "Converte-me para que me possa casar com esse discípulo, isso também foi pelo bem do Criador."
De tudo o citado, parece que aquele que se quer converter para receber a boa recompensa que o povo de Israel têm não é aceite. Este é o significado de "nenhuns prosélitos são aceites nos dias do Messias." Em vez disso, eles se devem converter somente pelo bem do Criador e não pelo bem da recompensa.
Por outras palavras, aquele que quiser assumir sobre si ser judeu e converter o gentio dentro dele, não pode sr um judeu e aderir ao povo de Israel a menos que ele não se direccione para a boa recompensa, que é chamada "pois nos dias do Messias." Em vez disso, "Que mora contigo nos dias da tua pobreza," como disseram nossos sábios, "Rabi Yonatan diz, 'Qualquer um que observe da Torá na pobreza eventualmente a observará na riqueza" (Avot, Capítulo 4).
Ou seja, aquele que é pobre em conhecimento todavia observa a Torá eventualmente a observará na riqueza, ou seja que ele será recompensado com o entendimento. Respectivamente, qualquer um que cancele a Torá por causa da riqueza vai eventualmente cancelá-la por causa da pobreza, ou seja qeu o conhecimento da Torá vai abandoná-lo.
Yevamot 63: "Rabi Elazar disse, 'Qualquer um que não tenha um solo não é homem, como foi dito, 'Os céus são os céus do Senhor e a terra, Ela foi dada aos filhos do homem.''" Devemos questionar, respectivamente, cada pessoa deve procurar ter um pedaço de terra.
Também o Tania questiona, Assim diria Rashbi, "As sepulturas dos idolatras não são corrompidas numa tenda, como foi dito, 'Vós sois Meu rebanho, o rebanho do Meu pastoreio, vós sois homens. Vós sois chamados 'homens' e os idolatras não são chamados 'homens''" (Yevamot 61a). Significa isto que especificamente um homem de Israel é chamado "homem." Mas como se pode dizer que se ele não tiver terra, ele não cai na categoria, "Vós sois chamados 'homens'"?
Podemos interpretar que terra significa Terra, como na evidência que ele trás do versículo, "Os céus são os céus do Senhor e a terra, Ele a deu aos filhos do homem.”
A Torá é chamada "céus," uma vez que a Torá foi dada a Moisés dos céus. Moisés recebeu a Torá do Sinai. A terra é chamada Malchut, "fé," "temor aos céus," como disseram nossos sábios, "tudo está nas mãos dos céus menos o temor aos céus" (Berachot 33b).
Este é o significado de "Aquele que não tem fé," que é o temor aos céus, chamado "terra," "não é considerado estar entre "vós sois chamados 'homens'"
Yevamot 63: “Rabi Elazar disse, 'Não há arte mais inferior que a da terra, como foi dito e eles desceram.' Rabi Ami disse, 'Chuvas descem pelos fieis, como foi dito, 'A verdade jorrará da terra e a justiça reflecte dos céus.''" Interpreta RASHI, quando a verdade jorrar da terra, quando há fé na negociação, a justiça reflecte dos céus, ou seja chuvas, que são Tzedacá [rectidão/caridade].
Devemos entender por que que especificamente por a negociação não ser com fé que Tzedacá não é dada do alto e a questão da fé, onde a terra é um desejo, que é o coração, onde a pessoa se engaja na questão da fé, chamada Tzedacá, como está escrito, "e ele acreditou no Senhor e Ele considerou-o para ele como rectidão."
Portanto, numa medida correspondente, eles fazem com que a rectidão, que é fé, desça do alto. Este é o significado da oração pelas chuvas em prol de evocar a fé.
"E Ele o cheirou no temor pelo Senhor e Ele não julgará com aquilo que Seus olhos vêem, nem tomará uma decisão por aquilo que Seus ouvidos escutam" (Isaías 11). Significa isto que o Rei Messias, ou seja aquele que quer caminhar no caminho para ser recompensado com o propósito, que é a qualidade do Messias, não deve julgar coisa alguma por aquilo que ele vê ou por aquilo que seus ouvidos escutam, mas pelo odor do temor aos céus, que é fé. Segundo esta linha, ele deve determinar todos seus caminhos.
Como está escrito posteriormente, "Justiça será seu cinto à volta da sua cintura e fé, seu cinto à volta de seus quadris." Por outras palavras, sua fé será justiça, considerada rectidão, não em prol de receber recompensa e isto será seu apoio para que ele possa caminhar no trabalho do Criador, uma vez que a luz fortalece a sua cintura para que ele possa caminhar e não tropeçar enquanto caminha, ou seja não ficar cansado de caminhar.