"Uma hora de arrependimento e boas acções neste mundo é melhor que toda a vida do mundo vindouro e uma hora de contentamento no mundo vindouro é melhor que toda a vida neste mundo." Devemos questionar sobre isto, uma vez que é sabido que habitualmente a recompensa é mais importante que o trabalho, dado que o homem observa, "Pelo suor da tua pele" e sua recompensa é "comerás tu o pão." Ou seja, se a pessoa desfruta deste trabalho, mas ao mesmo tempo seu salário é de longe maior que seu trabalho, como disseram eles que uma hora de arrependimento e boas acções neste mundo é melhor que toda a vida do mundo vindouro?
Por outras palavras, se esforçando em arrependimento e boas acções neste mundo, a pessoa é recompensada com o mundo vindouro. Assim sucede-se que a pessoa deve calcular e se ela quiser ver quanto da sua recompensa no mundo vindouro vale, ela pode assumir que toda a vida no mundo vindouro vale uma hora de arrependimento e boas acções.
Mas quem quereria trabalhar em Torá e Mitsvot [mandamentos] quando ele sabe o sabor que ele sente em Torá e Mistvot? Assim se sucede que o mundo vindouro é ainda pior!
Mas segundo o comentário Sulam [sobre o Zohar], o "mundo vindouro" significa luzes de Chasadim, consideradas Biná e "este mundo" é chamado Malchut, que são luzes de Chochmá.
Ele nos diz que se uma pessoa foi recompensada com o mundo vindouro, que é a qualidade de doação, ela deve saber que é vantajoso trabalhar em arrependimento e boas acções da qualidade de este mundo, que é a qualidade de Chochmá, uma vez que isso é considerado recepção em prol de doar e este é o propósito da criação.
Assim, a pessoa não se deve posicionar a si mesma no estado de doar em prol de doar, que é a qualidade de luz de Chasadim, a qualidade de Biná ou "o mundo vindouro." Em vez disso a pessoa deve continuar os eu trabalho e alcançar a qualidade de "este mundo," considerada Malchut.