Artigo Nº 21, 1991
O versículo diz, "Lembra-te daquilo que Amaleque te fez no caminho que fizeste quando saiste do Egipto, o que te aconteceu no caminho. Apaga a a memória de Amaleque de debaixo dos céus; não te esqueças."
Devemos entender por que devemos lembrar aquilo que Amaleque nos fez em prol de observarmos "Apaga a memória de Amaleque." Ou seja, significa isto que se não lembrarmos aquilo que ele nos fez, não podemos apagar, mas mais exactamente tanto quanto nos lembrarmos dele, isto podemos apagar. Devemos entender o que significa no trabalho que ele diz, "Apaga a memória de Amaleque" e se não temos memória então não podemos apagar. Portanto, primeiro nos foi dado o Mitsvá [mandamento/boa acção], "Lembra-te daquilo que Amaleque te fez" e depois temos a memória de Amaleque e podemos levar a cabo o Mitsvá de apagar Amaleque.
É sabido que não há luz sem um Kli [vaso], nem preenchimento sem uma carência. Assim, a pessoa não pode fazer coisa alguma se ela não tiver necessidade dessa mesma coisa. Portanto, como podemos apagar o Amaleque se não temos necessidade de o apagar? Ou seja, a pessoa não sabe o que é Amaleque ou por que precisamos de realizar a acção de apagar. Portanto, primeiro devemos saber o que é Amaleque e que problemas ele nos causou. Posteriormente, na medida que entendermos que ele nos causa problemas, a essa medida estamos prontos para observar "Apaga a memória de Amaleque."
Por outras palavras, segundo a memória da pessoa dos problemas que ele lhe causou, a essa medida a pessoa está disposta a apagá-lo. Ou seja, precisamente segundo aquilo que ela se lembrar que ele a prejudicou, a essa medida ela quer removê-lo do mundo. Se a pessoa não se lembrar que ele lhe causou quaisquer problemas, então ela não tem necessidade de apagá-lo. Assim, na medida que ela se lembrar, ela conseguirá apagá-lo e não mais.
Sucede-se que é impossível observar o apagamento de Amaleque, mas somente na medida que ela se lembrar dos problemas que ele lhe causou. Por esta razão, a preparação para apagar Amaleque deve ser que a pessoa tem de saber oq ue é Amaleque, ou seja qual é o papel de Amaleque contra o povo de Israel. É sobre isso que diz o versículo, "Lembra-te daquilo que Amaleque te fez no caminho que fizeste quando saiste do Egipto, o que te aconteceu no caminho."
Na medida que a pessoa sentir "o que Amaleque te fez," ela consegue levar a cabo "Apaga a memória de Amaleque." Isto é, se a pessoa não se lembrou que Amaleque a prejudicou, ela não tem motivo para apagá-lo. Quando a pessoa reflecte e quer ver quem é o seu inimigo e que ele só lhe causa mal, essa é a vontade de receber para o benefício pessoal, que é chamada a "inclinação do mal," uma vez que ela impede a pessoa de receber o deleite e prazer que o Criador lhe quer dar.
Portanto, quando a pessoa olha para ela, na medida que ela sentir que a vontade de receber é sua inimiga, na medida da preparação para saber e para sentir o sofrimento que ela lhe causa, só a essa medida está a pessoa disposta a obliterá-la do mundo. Este é o significado daquilo que está escrito, "Apaga a memória de Amaleque." Ou seja, isto insinua que devemos saber que podemos apagar somente na medida que nos lembrarmos qual é a medida do mal que ela nos fez.
Respectivamente, podemos entender por que lemos a porção Zachor [lembra] antes de Purim. Primeiro devemos entender o que é Purim no trabalho. A importância de Purim é explicada nas palavras do ARI (O Estudo das Dez Sefirot, Parte 15, Item 220), "Este é o significado daquilo que está escrito, 'Sua memória não vai desvanecer dos seus descendentes.' Essa iluminação está nos dias de Purim de todo e cada ano. Portanto, no futuro, todas as ocasiões serão canceladas com a excepção do pergaminho de Ester. A razão é que nunca houve tão grande milagre, não nos Sabates nem nos bons dias, para que tal iluminação houvesse. Em relação a isso, há um grande mérito em Purim em relação ao resto dos dias, até Sabates e bons dias.”
No comentário Ohr Pnimi, ele interpreta que essa luz, que estava nos dias de Purim, pode brilhar somente no final da correcção e não antes. Esta luz é chamada "a luz do propósito da criação." Ou seja, essa é a luz de Chochmá que está vestida em vasos de recepção, ou seja que ele quer receber o deleite e prazer que lá está, que vem do propósito da criação. Esta luz do propósito da criação, chamada Ohr Chochmá, não pode brilhar sem vestimenta e ela se veste na luz da correcção da criação, chamada Ohr Chasadim. Antes do fim da correcção, esta luz de Chochmá, chamada Gadlut de Chochmá, não pode brilhar junto com a luz de Chasadim.
Nessa altura, houve um milagre por causa do jejuar e dos clamores, que propagaram Ohr [luz] Chasadim e depois Ohr Chochmá se podia vestir dentro da Ohr Hassadim e isto é considerado que houve um milagre quando a luz brilhou antes do final da correcção, dado que por natureza, essa luz pode brilhar somente no final da correcção, que é chamado "no futuro." O milagre foi que ela iluminou antes do final da correcção. Foi por isso que disseram nossos sábios, "Todas as ocasiões serão canceladas com a excepção do pergaminho de Ester, uma vez que a luz de Purim é a luz que vai brilhar no futuro.
Está escrito (Shabat, p 88), "'E eles estiveram no fundo da montanha.' Isso significa que Ele forçou a montanha sobre eles como um cofre e disse, 'Se aceitarem a Torá, muito bem. Mas se não aceitarem, então lá será vosso sepulcro.' Disse Rába, 'Embora a geração a tenha recebido nos dias de Ahashverosh, como está escrito, 'eles guardaram aquilo que já haviam recebido.'"
Portanto vemos a importância de Purim, que eles aceitaram a Torá voluntariamente, enquanto que então, foi somente por coação. Com isto podemos interpretar aquilo que perguntávamos, Qual é o significado da porção Zachor ser antes de Purim? A razão é que não há luz sem Kli. Assim, primeiro devemos lembrar aquilo que Amaleque fez, pois Amaleque no trabalho é chamado "a inclinação do mal" e nos lembrarmos dos problemas que ele causou ao povo de Israel. Posteriormente, assim que tenhamos o Kli, ou seja a carência, é possível orar, pois então era com jejuar e clamores e depois eles foram recompensados com "guardaram e receberam voluntariamente, pelo amor do milagre."
Sucede-se que nos devemos preparar para Purim. Devemos dizer que a preparação é a necessidade e o Kli [vaso] para a recepção da luz. Significa isto que sentindo a carência, nós podemos receber o preenchimento. Tal como há seis dias de trabalho antes de podermos chegar ao estado de Shabat [Sabate], como disseram nossos sábios, "Aquele que não trabalhou na véspera do Shabat, que comerá ele no Shabat?" ou seja que somente quando há seis dias de trabalho, depois quando chega o Shabat há repouso.
Portanto, aquele que trabalha no Shabat é chamado que "profana o Shabat," ou seja que ele profanou o repouso. Similarmente, a preparação para Purim é também a sensação do mal de Hamã, que quer destruir e matar e aniquilar todos os judeus, dos novos aos velhos, crianças e mulheres, em um só dia.
Assim, a pessoa deve prestar atenção ao Hamã no seu coração, como ele quer destruir qualquer coisa que esteja relacionado a Kedushá [santidade], ou seja qualquer coisa que possa produzir alguma coisa que seja considerado Kedushá. Independentemente da medida da questão, até se for a mais pequena, ele quer destrui-la. Ele lamenta por não ter o poder para superar a sensaçãod o mal do Hamã, que quer destruir todos os judeus.
Devemos interpretar que "todos os judeus" significa qualquer coisa que tenha alguma relação a "pelo bem do Criador," é isto que ele quer destruir. Isto é chamado "reconhecimento do mal," que é um Kli e uma carência. Posteriormente, nós podemos receber um preenchimento para ela, chamado "luz," que vem para preencher a carência que está no Kli. Assim, posteriormente, Israel foram recompensados com "e sucedeu-se o contrário, para que os judeus governassem seus inimigos" e foram recompensados com a recepção da Torá voluntária e não forçosamente.
Mas o coração do milagre é que "os judeus governaram seus inimigos." Ou seja, quando a qualidade de "judeus" no coração da pessoa, governa, o trabalho do Criador pode ser feito voluntariamente e não pela força. Acontece que o coração do milagre foi quando ela estava num estado em que Hamã controla e quer destruir a inteira qualidade dos judeus. Mas quando os judeus controlam o coração da pessoa, eles podem observar voluntariamente e não por coação.
Isto é como disseram nossos sábios, "Tiro foi construída somente a partir da ruína de Jerusalém e vice-versa, quando uma se levanta, a outra cai." Assim, o núcleo do trabalho do homem é orar para o Criador lhe dar o desejo para doar, pois este é o coração da oração, como está escrito, "Aquele que vem para se purificar é ajudado. Quando o Criador lhe dá o desejo para doar, este é o coração do milagre e isto é chamado "uma segunda natureza," e está nas mãos do Criador lhe dar uma segunda natureza.
É por isso que lemos a porção Zachor antes de Purim. Mas antes da porção Zachor, nós lemos a porção Shekalim [plural de shekel]. Vem isto para nos dizer que no trabalho, como diz o Zohar, "Shekalim significa Even [pedra] com a qual pesar." Isto assim é por que a pessoa deve pesar a ordem do seu trabalho, para ver se é ou não pelo bem do Criador. Ou seja, é impossível apagar o Amaleque antes da pessoa saber o poder do mal dentro dela e como ele lhe causa todo o distanciamento do Criador.
Logo, quando pesando o trabalho em prol de ver se está bem ou não, nós podemos chegar ao reconhecimento do mal. Depois, na medida à qual sentimos o mal e não o conseguimos superar, ou seja ver que não conseguimos prevalecer sobre ele, isto ainda não é considerado "reconhecimento do mal." Porém, isto significa que ele vê as perdas que o mal lhe causa e ele quer se livrar do mal mas não consegue. Isto é chamado "reconhecimento do mal," ou seja a sensação do mal. Por outras palavras, quando ele vê as perdas que o mal lhe causa, isto é chamado "reconhecimento do mal".
Esta sensação vem à pessoa através do trabalho na Torá e Mitsvot [mandamentos/boas acções], quando a luz na Torá a faz sentir que a situação em que ela está é muito má porque isso a faz estar longe de Kedushá. Mas se ela não sente que está imersa no amor próprio, isso prejudica-a (e isto é chamado reconhecimento do mal). Precisamente através de Torá e Mitsvot, quando ela tenta obter através deles a assistência no trabalho, a Torá revela para ela o mal dentro dela. A primeira assistência que ela recebe é o reconhecimento do mal, ou seja reconhecer o mau, ou seja que a vontade de receber para si mesma, é má e prejudicial para a espiritualidade. Sucede-se que o significado do reconhecimento do mal é reconhecer o mal, ou seja a vontade de receber, é aquilo que é prejudicial ao homem. E quando a pessoa sente que ela é prejudicial, ela pode orar do fundo do coração.
Contudo, devemos entender por que deve haver uma oração do fundo do coração. A resposta é que uma vez que a pessoa não consegue sentir o verdadeiro sabor de alguma coisa a menos que ela tenha um desejo por isso, do alto eles querem que quando ela peça alguma coisa, para que seu pedido seja atendido, deve haver uma verdadeira carência. Isto é chamado "uma oração do fundo do coração" é sabido que "coração" significa "desejo."
Assim, quando a pessoa reza para lhe ser dado algum preenchimento, ela deve ter uma carência pelo preenchimento. Por esta razão, se ela tiver outro desejo no seu coração, esse é um sinal que ela não tem um grande desejo, uma vez que seu desejo se divide em dois desejos. Acontece que nenhum deles é grande. Mas se ela tiver somente um desejo no coração, isso é considerado que aquilo que ela pede é do fundo do coração. Ou seja, ela não tem qualquer desejo no meio. Ela pode ter um desejo de aprender Torá mas também um desejo de repousar e não se esforçar. Isto, também, é considerado dois desejos e já não é considerado que o facto de ela querer aprender Torá ser um só desejo, uma vez que ela também quer desfrutar do repouso.
Portanto, nós lemos a porção Shekalim antes da porção Zachor, uma vez que primeiro devemos saber que a vontade de receber é chamada "má e prejudicial" e depois podemos dizer, "Lembra-te daquilo que Amaleque te fez," quando ele nomeou a vontade de receber sobre o povo de Israel tanto na mente como coração. E E uma vez que ele fez uma coisa má, nós queremos obliterar o Amaleque.
Nós devemos saber que na ordem do trabalho, devemos fazer vários discernimentos:
1) Quando uma pessoa começa a entrar no trabalho de observar Torá e Mitsvot, ela não se sente carente, uma vez que ela sabe que observa mais ou menos Torá e Mitsvot. Assim, ela não tem motivo para dizer e ela tem mal.
2) Quando ela começa a examinar suas acções, ela começa a sentir que ela tem mal nela e que ela é ímpia, mas não uma ímpia completa, uma vez que ela vê que há pessoas piores que ela. Portanto, ela é chamada "ímpio incompleto."
3) Quando ela quer trabalhar em prol de doar, ela vê quão longe ela está deste trabalho. Assim, o ímpio vem até ela com as perguntas "Quem" e "O quê". Nessa altura, ela chega a um estado em que vê que é uma "ímpia completa" tanto na mente como no coração.
4) Quando ela está num estado de subida, ela pensa de si que ela é justa, ou seja que ela vai permanecer num estado de subida para sempre. Todavia, depois outra descida vem até ela e ela vê que é ímpia. Portanto, ela não sabe o que dizer de si mesma, se dizer que é ímpia completa, uma vez que ela vê que tem subidas quando parece para si mesma ser justa, ou dizer que é justa, uma vez que ela vê que durante uma descida, ela é ímpia.
Dado que uma pessoa é próxima de si mesma, ela aceita o suborno do corpo, que ela ama e diz que na verdade, ela é justa, mas uma "justa incompleta." Por outras palavras, uma vez que o corpo vai gostar mais se ela se justificar a si mesma, ela diz de si mesma que ela é uma "justa incompleta." Porque ela tem descidas, tempo durante o qual ela está num estado de "ímpia" e ela não diz ser "ímpia" por causa da descida, pela citada razão que ela aceita o suborno do corpo, então ela escolhe dizer que é justa, mas justa incompleta, como está escrito (Deuteronómio 16:19), "Um suborno cega os olhos do sábio e distorce as palavras do justo."
Podemos ver um exemplos disto na forma como o mundo se comporta. Nós vemos que muitas pessoas compram bilhetes de lotaria em prol de ganhar o sorteio. Cada uma pensa que vai vencer o grande prémio da lotaria, embora possa haver um milhão de participantes na lotaria e somente um vencedor. Ainda assim, ela participa no sorteio e pensa que vai vencer. Ou seja, embora seja duvidoso, ela pensa que ainda assim pode vencer.
Respectivamente, nós vemos que quando aqueles que compram a lotaria querem ir a algum lugar comprar um automóvel, vemos que um entre um milhão tem um acidente de automóvel e há pessoas que se magoam. Mas essa pessoa que comprou o bilhete de lotaria não tem medo que possa ter um acidente. Ela não diz, quando ela vai comprar o bilhete, que pode ter um acidente.
O motivo para isto é que uma vez que a pessoa é próxima de si mesma, ela não consegue ver qualquer coisa de mal em si mesma. Se há alguma coisa de mau, provavelmente vai acontecer às outras e não a ela. Embora ela tenha esperanças de vencer a lotaria, com um acidente de viação, outra pessoa vai "ganhar" isto e não ela, embora baseando-nos naquilo que ela determina há uma diferença entre a lotaria e um acidente. E todavia, "Um suborno cega os olhos do sábio e distorce as palavras do justo."
Portanto, quando a pessoa vê que tem sobes e desces, ela diz que na verdade, ela é justa, então por que tem ela descidas, pois então, durante a descida, ela vê que é ímpia? Como resultado, ela dirá sobre si mesma que ela é justa, embora incompleta.
5) Quando ela é recompensada com a fé completa e consegue direccionar seu trabalho em prol de doar, mas somente em vasos de doar, se pode dizer que ela já tenha o amor pelo Criador, embora somente com a boa inclinação. Mas os vasos de recepção, que são relativos à inclinação do mal, esses estão ainda fora de Kedushá.
6) Quando ela alcança o "arrependimento," ou seja quando ela é recompensada com o amor pelo Criador "com ambas tuas inclinações," como está escrito, "E amarás tu o Senhor teu Deus com todo teu coração," ou seja com ambas tuas inclinações, a boa inclinação e a inclinação do mal. Isso é considerado que a pessoa se arrependeu, ou seja que o mal nela, que são os vasos de recepção, também entraram na Kedushá [santidade] e ela pode trabalhar com eles em prol de doar. Foi por isso que nossos sábios disseram, "Num lugar onde aqueles que se arrependem estão, justos completos não estão." Significa isto que o justo completo não consegue estar em Kedushá, ou seja que o justo completo não consegue usar Kelim [vasos] da inclinação do mal, que são vasos de recepção para benefício pessoal, para que sejam corrigidos e estejam em Kedushá, ou seja para que trabalhem pelo bem do Criador.
Sucede-se que tudo segue a ordem dos graus, do leve ao pesado. Assim, a ordem do trabalho é que começamos em Lo Lishma [não pelo Seu bem] e depois alcançamos Lishma [pelo Seu bem]. Respectivamente, devemos interpretar aquilo que disseram nossos sábios sobre as palavras "receberam e guardaram, guardaram aquilo que já haviam recebido." Ou seja, até então isso era pela força, como está escrito, "E eles estiveram no fundo da montanha" e explicaram eles, "Ele forçou a montanha sobre eles como um cofre e disse, 'Se aceitarem a Torá, muito bem. Mas se não, lá será vosso sepulcro.'"
Acontece que até então era pela força e agora, em Purim, eles a aceitaram voluntariamente. Isto é chamado "a ordem do trabalho." Ou seja, o princípio do trabalho do homem deve ser pela força. Por natureza, quando a pessoa quer trabalhar pelo bem do Criador, seu corpo o rejeita. Isto significa que na verdade, nós começamos em Lo Lishma, quando o corpo não contesta assim tanto, dado que quando ele acredita que será recompensado por abdicar de pequenos prazeres e receberá em retorno grandes prazeres, ou seja que o corpo vai receber uma recompensa maior em troca pelo seu trabalho em Torá e Mitsvot, isto não é contra a natureza. Assim, isto é verdadeiramente o primeiro princípio.
Mas posteriormente, quando ele começa o trabalho em prol de doar, o corpo resiste-lhe pois isso contradiz a natureza com a qual ele nasceu, que é pensar somente sobre seu próprio benefício. Nessa altura, o trabalho é por coação. Ou seja, ela não deve olhar para o corpo, se ele concorda trabalhar pelo bem do Criador. Em vez disso, a pessoa deve fazer tudo pela força, até se o corpo discordar.
Esta coação que a pessoa faz é considerada "uma oração," dado que a pessoa quer observar "ama o Senhor teu Deus," mas ela vê que não tem amor pelo Criador, pois há uma regra que onde há amor não há coação. Em vez disso, especificamente onde não há amor e a pessoa quer trabalhar por alguém por quem ela não tem amor, ela consegue trabalhar por Ele.
Logo, devemos questionar, Se a pessoa não tem amor pelo Criador, por que trabalha ela por Ele? Ou seja, Por que deve a pessoa trabalhar por coação? A resposta é que nos foi dada fé. A pessoa deve acreditar que através da coação que ela força a si mesma e que ela quer verdadeiramente amar o Criador, isto é uma oração. Com isto ela vai ser recompensada com "aceitaram voluntariamente, pelo amor do milagre." Ou seja, o Criador lhes deu a segunda natureza, que é o desejo de doar e eles foram recompensados com o amor pelo Criador e receberam tudo voluntariamente.