Artigo nº 27, 1991
Nossos sábios disseram (Berachot 60), “Se uma mulher for inseminada primeiro, ela dá à luz um menino. Se um homem for inseminado primeiro, ela dá à luz uma menina, como foi dito: ‘Se uma mulher for inseminada, ela dá à luz um filho do sexo masculino.’”
Devemos entender o que isso implica para nós no trabalho, para sabermos como nos comportar.
É sabido que o trabalho que nos é dado, de observar a Torá e Mitsvot [mandamentos/boas ações], é para limpar Israel, como está escrito no ensaio, “Prefácio à Sabedoria da Cabalá”, “É sabido que 'limpeza' é derivado da palavra [hebraica] 'purificação. ' É como nossos sábios disseram: 'As Mitsvot foram dadas somente para a purificação de Israel.’”
Visto que as criaturas foram criadas com uma natureza de vontade de receber para si, visto que o propósito da criação é fazer o bem às Suas criações, por esta razão, Ele criou nas criaturas uma vontade de receber deleite e prazer. Visto que isso está em disparidade de forma com o Criador, que é o Doador, foi-nos dado um trabalho, onde devemos nos igualar em forma com o Criador, então também nós devemos nos corrigir para que tudo aquilo que fizermos seja em prol de doar.
Vemos que há coisas que fazemos que são doações e há coisas que fazemos que são recepção. Por exemplo, nos envolvemos em Mitsvot entre o homem e o Criador, e Mitsvot entre o homem e o homem, que geralmente são chamados “atos de doação”. Além disso, realizamos atos de recepção, como comer e beber, e nos foi dado o trabalho de equivalência de forma, que significa que tanto os atos de doação quanto os atos de recepção, devemos realizá-los em prol de doar.
Sabe-se que existe uma relação inversa entre os Kelim [vasos] e as luzes. Ou seja, existem luzes que são chamadas “masculinas” e existem luzes que são chamadas “femininas”. “Masculino” significa plenitude, e “feminino” significa carência, quando o grau não está em plenitude com a luz que ele recebeu.
Existem dois tipos de luz: 1) a luz do propósito da criação, que é chamada “luz completa”, 2) a luz da correção da criação, que é apenas uma vestimenta para a luz do propósito da criação. Esta luz é uma mulher, ou seja, incompleta, mas este é somente um meio para alcançar a plenitude.
A primeira luz é chamada “luz de Chochmá [sabedoria]” ou “luz da vida”, e a segunda luz é chamada “luz de Chassadim [misericórdias]”, normalmente referida como VAK [Vav-Kzavot (seis arestas)]. Isso significa que ela ainda carece das três primeiras Sefirot.
Portanto, se uma pessoa usa os Kelim femininos, nomeadamente os vasos de recepção, significando que a pessoa despertou para usar os vasos de recepção em prol de de doar, então “ela dá à luz um filho do sexo masculino”. Ou seja, a partir deste trabalho, luz de Chochmá nasce, uma luz completa, a luz da vida, chamada “masculina”, já que esta luz pertence ao propósito da criação, já que o Criador criou os vasos de recepção, chamados “vontade de receber”, para a luz do propósito de criação.
Está escrito: “Se uma mulher for inseminada primeiro, ela dará à luz um menino”. Mas se a pessoa trabalha com os vasos de doação, ou seja, somente com atos de doação, ela pode trabalhar em prol de doar, pois os vasos de doação são chamados “masculinos”. Então, dela nasce somente a luz feminina, já que a luz de Chassadim, que é revelada nos vasos de doação, pode gerar somente a luz de Chassadim, chamada " VAK sem GAR [três primeiras]”, indicando a ausência de GAR. A luz de Chassadim é chamada “luz de roupagem”, o que significa que dentro da luz de Chassadim, a luz Chochmá se irá vestir mais tarde. Este é o significado das palavras “Se um homem for inseminado primeiro, ela dá à luz uma menina”.
O Zohar diz (Tazria, Item 60), “Vinde e vede, quando o Criador estiver com a assembleia de Israel, que é Malchut, e ela evocar primeiro o desejo por ele, e o atrai para ela com muito amor e desejo, Malchut é preenchida com a Chassadim do macho do lado direito. E quando o Criador evocar primeiro o amor e o desejo, e Malchut despertar mais tarde, então tudo fica na forma feminina, que é Malchut.”
Devemos entender o que isso nos diz no trabalho. Sabe-se que as criaturas se estendem desde Malchut. Por isso, Malchut é chamada “a assembléia de Israel”, e o povo de Israel se estende desde Malchut. Portanto, O Zohar diz que assim como essa é a ordem que está no alto, ela se estende aos ramos corpóreos. Consequentemente, devemos interpretar que quando uma pessoa desperta para o Criador, quando ela deseja que o Criador a traga para mais perto Dele, ou seja, ela deseja aderir a Ele, que é chamado “equivalência de forma”, isso significa que a pessoa deseja aderir a Ele e fazer tudo pelo bem do Criador, mas ela não consegue. Portanto, ela pede ao Criador que lhe dê a força, chamada “desejo de doar”.
Quando alguém anseia por esta força, já que tem uma carência, ou seja, ele não tem o poder de fazer tudo pelo bem do Criador, através deste trabalho ele desperta para pedir ao Criador que lhe dê este poder. Nesse momento, ele recebe do alto o poder do desejo de doar, que é uma segunda natureza. Isto é chamado “ela dá à luz um menino”, significando um desejo de doar, chamado “masculino”. Considera-se que o superior deu ao inferior a luz da Chassadim, onde Chésed [misericórdia] significa doação.
Por outras palavras, o trabalho do anseio, onde o inferior sente a sua deficiência, é chamado “uma oração”. Ou seja, ele pede ao Criador que supra a sua deficiência. Nesse momento, a satisfação da carência é chamada “masculina”. Está escrito: “e ela evoca o desejo por ele primeiro”, ou seja, o desejo dela, Malchut, chamado “vontade de receber”.
Por outras palavras, o desejo dela por ele, de aderir a ele, que é chamado “equivalência de forma”, quando ele pede o desejo de doar, isso é chamado Dvekut [adesão]. Este é o significado das palavras “Malchut é preenchida com a Chassadim do macho do lado direito.” Com isso podemos interpretar “Se uma mulher for inseminada primeiro, ela dá à luz um menino”, significando que o despertar veio da pessoa.
No entanto, isto pode ser precisamente onde a pessoa inicialmente não tinha o desejo de se aproximar do Criador, o que significa que ela recebeu o despertar do alto, uma vez que existe a questão da vontade de receber a espiritualidade, o que significa que conseguimos sentir prazer na observação da Torá e das Mitsvot. Já dissemos em artigos anteriores que há três discernimentos a fazer neste prazer de receber recompensa:
1) Ele será recompensado neste mundo e será recompensado no mundo vindouro. Isto é, ele observa a Torá e Mitsvot porque será recompensado, pago. Em outras palavras, ele não encontra um gosto nas coisas que faz, mas observa a Torá e Mitsvot porque será recompensado mais tarde, então ele agora desfruta.
2) Ele sente um gosto bom ao observar as Mitsvot, já que isso ilumina para ele, ele gosta de servir ao Rei, e esta é sua recompensa. Ele acredita no que ouviu de livros e autores de que há prazer na Torá e Mitsvot, e ele também recebeu algum despertar do alto e começou a sentir que pode haver bom gosto em observar a Torá e Mitsvot mais do que nos prazeres deste mundo.
3) Ele vê aquilo que nossos sábios disseram sobre a Dvekut: “Apega-te a Ele, apega-te aos Seus atributos. Assim como Ele é misericordioso, também tu sê misericordioso.” Por isso, ele desperta para trabalhar como doador e vê que isso não está nas suas mãos. Nesse momento, ele começa a ansiar que o Criador lhe dê o poder para ser capaz de fazer tudo em prol de doar. Isto é considerado que a pessoa se sente como uma mulher, uma fêmea, ou seja, imersa no amor próprio, e nesse momento ela recebe do alto a qualidade de “masculino”, e é recompensada com uma segunda natureza chamada “ desejo de doar.” Este é o significado das palavras “Se uma mulher for inseminada primeiro, ela dá à luz um menino”. Ou seja, do alto ela recebe Chésed, que é masculino.
Mas “se um homem for inseminado primeiro, ela dá à luz uma menina”. Está escrito: “E quando o Criador evoca primeiro o amor e o desejo, e Malchut acorda mais tarde, então tudo fica em forma feminina, Malchut.” Da mesma forma, está escrito: “Se uma mulher for inseminada primeiro, qual é a razão? Aprendemos que isso acontece porque o mundo inferior é semelhante ao mundo superior e um é igual ao outro.”
Devemos interpretar isso no trabalho, que se o homem inseminar primeiro, ela dará à luz uma fêmea. O Criador é chamado “homem”, e o homem é chamado “mulher”, já que ele deriva da Malchut. Por esta razão, se o despertar vem do alto, isso significa que quando o Criador aproxima a pessoa, a pessoa começa a sentir a grandeza e a importância do Criador. Nesse momento ela sente que se estiver conectada ao Criador, ela sentirá prazer quando estiver perto do Criador. Então, a pessoa começa a se envolver na Torá e Mitsvot porque ele sente alguma vitalidade nisso. Segue-se que toda a causa que a obriga a se envolver na Torá e Mitsvot é o prazer que ela sente agora pelo despertar do “homem”, ou seja, do Criador.
Este é o significado de “Se um homem for inseminado primeiro, ela dá à luz uma menina”. Ou seja, desse trabalho, quando uma pessoa trabalha porque recebeu um despertar do alto, só pode nascer uma mulher. Sabe-se que mulher na espiritualidade significa “receber e não doar”. Devemos interpretar aqui no trabalho que então uma pessoa constrói o seu trabalho com base no prazer desse trabalho, e que é isso que a faz trabalhar.
Isto é chamado “feminino”, o que significa que então a pessoa trabalha com base na chamada “vontade de receber a espiritualidade”. Porém, ele não tem força para trabalhar em prol de doar, já que toda a sua base é construída no prazer que recebeu do alto pelo despertar do alto. Nesse momento a pessoa nasce com a qualidade feminina, que é a vontade de receber a espiritualidade em prol de receber. Contudo, ela não consegue trabalhar em prol de doar, como está escrito: “Se um homem for inseminado primeiro, ela dá à luz uma menina”, ou seja, em prol de receber e não dar.
Portanto, se uma pessoa é recompensada, é-lhe mostrado do alto que o homem deve trabalhar em prol de doar, mas não consegue trabalhar em prol de doar. Por esta razão, ele sofre uma descida porque ainda é incapaz de trabalhar com base na doação. Isto é, quando ele vê que deveria trabalhar em prol de doar e não para seu próprio bem, ele sofre uma descida porque vê que isto não é para ele.
Às vezes, essa descida faz com que ele escape da campanha. Se for recompensado, ele recupera e começa a ver o que significa que se deve trabalhar em prol de doar. Ele vê que está fora das mãos do homem, e então começa a orar ao Criador para ajudá-lo a emergir do controle do amor próprio com o qual o homem nasceu, e pede ao Criador que o ajude.
Isto é considerado que a pessoa que tem que pedir pelo exílio da Shechiná [Divindade], ou seja, como trabalhar pelo bem do reino dos céus. Isto é difícil, pois se estende desde a governação das nações do mundo até à qualidade pessoal do homem de Israel. E também, deve-se orar pelo público geral, para que todo o Israel seja capaz de trabalhar pela Kedushá [santidade], chamada o “reino dos céus”. Este discernimento, quando se trabalha para a Malchut, é chamado “Se uma mulher for inseminada primeiro, ela dá à luz a um menino”. Mas “se um homem for inseminado primeiro, ela dá à luz uma menina”.
Por esta razão, uma pessoa não se deve sentar e esperar para receber um despertar do alto. Em vez disso, em qualquer estado em que alguém se encontre, ele deve começar e despertar, para que o Criador o ajude.
Com relação à oração, devemos saber que quando uma pessoa ora ao Criador para ajudá-la, devemos discernir entre oração e apelo. Uma “oração” significa que uma pessoa faz a ordem das orações que nossos sábios prepararam para nós. Um “apelo” é quando uma pessoa faz um pedido em privado. É assim que a oração e o apelo são interpretados.
Podemos explicar isso, uma vez que aquilo que nossos sábios estabeleceram, a pessoa deve dizer com a boca. Isto é, mesmo que ela não queira dizer que o Criador ouvirá aquilo que ela diz na frase da oração, ainda assim isso é considerada uma oração, uma vez que dizemos aquilo que eles disseram, e para eles, estas eram palavras sagradas. Por exemplo, depois das Dezoito Orações, uma pessoa faz uma oração: “Minha alma será como pó para todos”. Certamente, a pessoa não quer que o Criador conceda a sua oração.
No entanto, uma pessoa diz isso na frase da oração como um Segulá [virtude/mérito/remédio]. Ou seja, como um Segulá, dizer “Minha alma será como pó para todos” pode ajudar até mesmo na obtenção de sustento, e assim por diante. Isto ocorre porque todas as orações que nossos sábios estabeleceram são nomes sagrados, que é uma Segulá para tudo, ou seja que ela ajuda em tudo.
Mas o significado das palavras que a pessoa pensa, que são segundo aquilo que ela pensa, ela deve saber que essas orações estão acima da nossa mente. Pelo contrário, são todas nomes sagrados. Nós os usamos como Segulá, pois por meio deles temos a conexão com o Criador. É por isso que temos que fazer todas as orações com a boca, pois no coração não o entendemos. Portanto, quando dizemos isso com a boca, temos conexão com aquilo que eles disseram, pois aquilo que eles disseram foi tudo com o espírito santo, e foi fundamentado nos santos nomes.
Baal HaSulam disse que embora seja costume que quando queremos orar por uma pessoa doente, a ordem é que nas Dezoito Orações, quando dizemos: “Cura-nos, Senhor, e seremos curados”, é porque o público general só consegue compreender segundo o significado das palavras, mas na verdade, ele disse que podemos mencionar o enfermo, que o Criador lhe enviará a cura, até na bênção, “E aos caluniadores”, já que todas as bênçãos nas Dezoito são os nomes sagrados. Foi por isso que ele disse que quando dizemos as orações que eles fizeram, nós temos uma ligação com eles, ou seja, com as suas orações, nomeadamente uma ligação com as suas intenções.
Isto não acontece com um apelo. Isto é quando a pessoa sente o que lhe falta. Isto está especificamente no coração, ou seja, não importa o que ela diga com a boca, pois “pedir” significa que a pessoa pede aquilo que precisa, e todas as necessidades do homem não estão na boca, mas no coração. Portanto, não importa o que a pessoa diga com a boca. Pelo contrário, o Criador conhece os pensamentos. Portanto, o que se escuta no alto é somente aquilo que o coração demanda e não o que a boca pede, pois a boca não tem nenhuma deficiência que tenha de ser satisfeita.
Portanto, quando a pessoa ora, ela deve preparar-se para a oração. O que é essa preparação? Está escrito “Prepara-te para o teu Deus, Israel” (Shabat 10). Ele diz ali que a preparação é algo que cada um faz de acordo com o seu entendimento. Devemos interpretar que a preparação que cada um faz é para saber o que pedir, pois é preciso saber o que pedir. Ou seja, a pessoa tem que saber o que ela necessita.
Isso significa que uma pessoa pode pedir por muitas necessidades, mas normalmente nós pedimos aquilo que mais precisamos. Por exemplo, quando uma pessoa está na prisão, todas as suas preocupações são sobre o Criador libertá-la da prisão. Embora às vezes a pessoa não tenha salário, e assim por diante, ela ainda assim não pede o salário ao Criador também, embora precise dele, pois então ela sofre mais por estar na prisão. Por isso, a pessoa pede aquilo de que mais necessita, ou seja, ela pede por aquilo que mais lhe dói.
Portanto, quando a pessoa vem para orar ao Criador para ajudá-la, ela primeiro deve se preparar e examinar a si mesma para ver o que ela tem e o que ela necessita, e então ela poderá saber o que deve pedir ao Criador para Ele a ajudar. Está escrito: “Das profundezas te invoco, Senhor”. “Profundezas” significa que a pessoa está mesmo no fundo, como foi dito, “no fundo do Sheol”, o que significa que a sua carência está abaixo e ela sente que ela é a mais humilde de todos os humanos.
Por outras palavras, ele sente-se tão longe da Kedushá, mais do que qualquer outra pessoa, o que significa que ninguém sente a verdade, que seu corpo não tem nada a ver com a Kedushá. Por esta razão, aquelas pessoas que não veem a verdade de quão longe estão da Kedushá, conseguem contentar-se com o seu trabalho na santidade, enquanto que ela sofre com esta situação.
Portanto, esta pessoa, que se criticou a si mesma e quer ver a verdade, esta pessoa pode dizer: “Das profundezas te invoco, Senhor”, ou seja, do fundo do coração. Isso é chamado “uma oração do fundo do coração” da parte do receptor. Ou seja, ela examinou-se e viu o seu defeito.
Porém, quando a pessoa se prepara para a oração, ela deve prestar atenção ao Doador. Isso é o mais difícil, pois existe uma regra de que qualquer coisa que depende da fé com isso o corpo não concorda. Uma vez que a pessoa ora ao Criador, ela deve acreditar que o Criador “ouve a oração de cada boca”, mesmo quando a pessoa é indigna de que o Criador conceda os seus desejos.
Isto é como dizemos na oração entre o homem e o homem. Normalmente devem haver duas condições quando uma pessoa pede um favor a outra: 1) O seu amigo deve ter aquilo que ele quer, para que se ele pedir, ele poderá dar porque ele o tem. 2) O seu amigo deve ter um coração gentil. Caso contrário, o seu amigo pode ter aquilo que ele pede, mas não o vai querer dar porque ele não é uma pessoa misericordiosa.
Da mesma forma, entre o homem e o Criador, estas duas condições também devem ser satisfeitas, como disseram os nossos sábios (Hulin 7b), “Israel são sagrados. Alguns querem e não têm, alguns têm e não querem.” Devemos interpretar isso no trabalho. O Criador tem aquilo que ela quer, ou seja, aquilo que uma pessoa pede – que o Criador a aproxime e lhe dê o privilégio de servi-Lo. Por outras palavras, a pessoa deseja que o Criador lhe dê o desejo de doar. Nesse momento, ela acredita que o Criador tem o poder de dar ao homem o desejo de doar.
Porém, o Criador não quer, pois Ele vê que a pessoa ainda é incapaz disso porque ainda não tem um desejo verdadeiro por isso, pois ela pensa que já orou muitas vezes ao Criador para satisfazer o seu desejo e dar lhe o preenchimento, ou seja, o desejo de doar.
Mas “como a vantagem da luz de dentro da escuridão”, o despertar da pessoa vindo de baixo ainda está incompleto, e a pessoa ainda deve trabalhar para compreender o grande presente chamado “desejo de doar”, que ela está a pedir ao Criador. Isso é chamado “Ele tem, mas não o quer dar”. Porém, a pessoa é considerada sagrada porque está a pedir ao Criador que a tome como servo do Criador.
Às vezes, uma pessoa pede ao Criador para aproximá-la e dar-lhe um bom sabor na Torá e na oração. Para que, se ela provar a doçura na Torá e do trabalho, ele concordará em servir ao Criador. Mas aprender, orar e observar todas as 613 Mitsvot com todos os seus detalhes e precisões assim, quando ele não sente gosto por isso? A pessoa diz que não consegue fazer isso.
Portanto, ela pede ao Criador que conceda o seu desejo. Para o Criador, isso é chamado “Israel são sagrados. Alguns querem e não têm.” Isto significa que o Criador quer dar à pessoa os sabores da Torá e Mitsvot, mas “Ele não tem”. Ou seja, essas coisas não existem no Criador, em vasos de recepção, que seja possível dar isso à pessoa nos seus vasos de recepção.
Este é o significado de “o Criador não pode dar-lhe”, uma vez que o Criador não tem vasos de recepção. Pelo contrário, com o Criador, tudo está nos vasos de doação. Uma vez que a pessoa deseja que o Criador lhe dê tudo nos vasos de recepção do homem, visto que ela afirma que deseja desfrutar da Torá e Mitsvot, e é por isso que ela pede ao Criador para satisfazer sua deficiência, para o Criador, isso é chamado “Ele quer dar ao homem o que o homem quer, e Ele quer dar por causa do Seu desejo de fazer o bem às Suas criações. Mas como a pessoa pede ao Criador que lhe dê tudo nos vasos de recepção do homem, o Criador isso não tem.” Pelo contrário, o Criador tem somente o desejo de doar.
Por esta razão, embora a pessoa não possa receber do Criador, ela ainda é chamada “sagrada”, já que ela deseja se engajar na Torá e Mitsvot. Portanto, quando uma pessoa vem para orar, ela deve primeiro preparar-se para saber pelo que deve ela orar.